Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Flavio Pereira | 1 de junho de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O pânico tomou conta do governo. A Medida Provisória dos Ministérios precisava ser votada até hoje (1° de junho), pela Câmara e pelo Senado. O governo deixaria de ter 37 ministérios, e voltaria a ter 23 ministérios, como no governo ex-presidente Jair Bolsonaro. A reunião de emergência convocada ontem por Lula (PT) com os ministros que estão no entorno do seu gabinete, para tratar da MP dos Ministérios, que teve que ser adiada ontem e está prestes a perder validade deixou claro o pânico do governo. A ordem foi clara: pagar emendas dos deputados e nomear imediatamente as indicações políticas, para republicanamente cobrar o voto a favor do governo. Com esse incentivo, o presidente da Câmara, Arthur Lira, colocou ontem à noite em votação, a MP 1154. Estamos em plena nova democracia.
PP e Republicanos querem entrar no governo
Nos bastidores, comentava-se ontem em Brasília que Arthur Lira deseja que o governo retire dos cargos de ministros os políticos filiados ao União Brasil para substituí-los por nomes do PP, seu próprio partido, e do Republicanos.
De olho no controle do STF
De olho nas dificuldades em manter maioria no Congresso, Lula trabalha a sua confortável maioria no STF. Como o STF tem interferido com desenvoltura e legislado sobre temas inclusive votados pelo Congresso, parece que ficou mais fácil ter como aliados a maioria dos 11 ministros da suprema Corte, ao invés dos 529 deputados federais.
Nessa linha, Lula é o chefe do Executivo que mais indicou nomes ao STF desde o fim dos governos militares no Brasil (1964-1985). Em junho, ele substituirá um dos seus indicados, o ministro Ricardo Lewandowski. A próxima indicação, vai substituir a atual presidente da Corte, Rosa Weber, que completa 75 anos de em 2 de outubro e se aposenta compulsoriamente. Será a décima indicação de Lula para o STF.
Quem governa o Brasil
Sobre isso, o jornalista José Roberto Guzzo, comentando para a revista Oeste, foi direto ao ponto:
“O problema é que, num Brasil governado pelo Supremo Tribunal Federal, em parceria plena com o Sistema Lula-PT, as decisões do Congresso Nacional podem não valer simplesmente nada. Depende: se os ministros do STF concordam, as leis aprovadas pelo Parlamento entram em vigor; se não concordam, as leis são anuladas”.
Seguranças do ditador Maduro e agentes do GSI bateram na jornalista
Foi o próprio jornal O Globo que destacou: a jornalista Delis Ortiz foi agredida por seguranças do ditador da Venezuela, Maduro, e por agentes do GSI, o Gabinete de Segurança Institucional do presidente Lula. Délis irritou Maduro, e os jornalistas alinhados com o ditador ao perguntar se já havia uma estimativa do valor total do calote aplicado pela Venezuela ao Brasil.
Agressão à jornalista? Reina silêncio nas entidades de classe
Além da agressão, inadmissível, à jornalista Délis Ortiz, o que chama a atenção é o silêncio das entidades representativas dos jornalistas de todo o país. O silêncio da pelegada que comanda essas entidades, famosas por denunciaram qualquer “ai” do ex-presidente Jair Bolsonaro, demonstra que estamos mais parecidos do que imaginávamos, com a ditadura venezuelana.
Jair Bolsonaro em Porto Alegre
O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou que virá a Porto Alegre nos dias 22 e 23 de junho, para participar da Transposul, promoção do Setecergs, Sindicato dos Transportadores de cargas do RS. O convite foi feito pelo presidente do Setecergs, Sérgio Gabardo, que esteve com Bolsonaro em Brasília, acompanhado pelo deputado federal Bibo Nunes.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.