Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2019
O Ano-Novo judaico, ou Rosh Hashaná, será celebrado a partir do pôr do sol deste domingo (29) até o anoitecer de terça-feira (1º). Faz parte da tradição comer e presentear com chocolates, bolos e sobremesas, que levam maçã e mel, símbolos do desejo de um ano doce e próspero.
No Rosh Hashaná, Ano-Novo judaico, as famílias se encontram nas sinagogas para orações e reflexões sobre o ano que passou. De acordo com as crenças judaicas, este é o período em que Deus faz o julgamento sobre quem será inscrito no Livro da Vida. Os rabinos evidenciam que a essência do ano novo judaico não é uma ocasião para o excesso e a alegria incontrolada.
O presidente da FIRS (Federação Israelita do Rio Grande do Sul), Sebastian Watenberg, explica que “é momento de refletir sobre estarmos ou não vivendo a vida em sua plenitude; momento de analisar se estamos ou não fazendo a diferença no mundo”. Existem costumes e leis do judaísmo que são praticados nesta época. Usam roupas brancas que representam a pureza da alma, enviam mensagens com os dizeres Shaná Tová U-metuká (um ano bom e doce), acendem velas e comem comidas que representam o bem, a plenitude e a feliz renovação do ano. “Um costume antigo é comer um pedaço de maçã mergulhado no mel, para um ano bom e doce”, destaca.
Passados 10 dias da celebração do ano novo, a comunidade celebra o Yom Kipur, Dia do Perdão, ao entardecer do dia 09 de outubro, realizando um jejum de 24 horas como forma de devoção e negação do prazer terreno, que é quebrado no final da tarde com um grande jantar em família. O principal símbolo deste período é o toque do shofar, corneta feita de um chifre de carneiro, que como um alarme, chama à reflexão e à consciência adormecida.
Leia abaixo a mensagem de Rosh Hashaná da Conib (Confederação Israelita do Brasil):
“Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico que começa neste domingo (29), em tradução literal significa a “cabeça do ano”. É o início de um novo ciclo. E oferece a cada um a oportunidade de recomeçar, repensar e tomar diferentes caminhos ou corrigir rumos. Rosh Hashaná celebra a criação do mundo. A festa não comemora algum acontecimento específico do povo judeu, mas sim a unidade da humanidade. Pensar em unidade é exercício mais que necessário neste momento em que enfrentamos tempos de incerteza, intolerância e de índices preocupantes de episódios violentos. Que possamos, ao longo deste 5780 que agora se anuncia, lutar pelo diálogo, trabalhar pela convivência pacífica, defender o respeito às nossas diferenças. Este foi um ano difícil, em que judeus do mundo inteiro viram o fantasma do antissemitismo tomar forma de maneira expressiva. A Conib tem por princípio promover o judaísmo no Brasil, combater o antissemitismo, investir e zelar pelos diálogos político e inter-religioso. Queremos olhar para o futuro envolvidos nos sentimentos positivos que marcam esta época do ano. Vamos receber 5780 imbuídos de esperança, de espírito de confraternização e irmandade e plena confiança na nossa capacidade de construir pontes para um mundo melhor. A todos, um Shaná Tová Umetuká. Um ano bom e doce!”, assina a mensagem o Presidente da Confederação Israelita do Brasil, Fernando Lottenberg.