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O antiviral remdesivir detém o avanço do coronavírus em macacos

O presidente Donald Trump, que teve Covid-19 no começo de outubro, recebeu remdesivir durante cinco dias. (Foto: Reprodução)

O antiviral experimental remdesivir deteve o progresso da Covid-19 em macacos, revela um estudo publicado na sexta-feira (17), pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infectocontagiosas dos Estados Unidos.

A experiência preliminar, ainda não analisada pela comunidade científica, foi realizada para complementar estudos que utilizam o remdesivir em pacientes hospitalizados com o novo coronavírus.

O estudo empregou dois grupos compostos por seis macacos, que foram inoculados com o vírus SARS-CoV-2 responsável pela pandemia. Um dos grupos recebeu o remdesivir, desenvolvido pelo laboratório americano Gilead Sciences, e o outro não teve tratamento.

Doze horas após a inoculação do vírus, o grupo de teste recebeu uma “dose de remdesivir por via intravenosa” e “uma dose de reforço diária durante seis dias”, explicou o Instituto.

Os pesquisadores se concentraram em administrar o tratamento antes da doença alcançar sua maior virulência nos pulmões. Apenas um dos macacos tratados com o antiviral apresentou leves dificuldades respiratórias, enquanto todos os animais não tratados tiveram problemas para respirar.  “A quantidade de vírus presente nos pulmões foi muito mais baixa no grupo tratado (…) e o SARS-CoV-2 causou menos danos a estes animais em relação aos não tratados”, destacaram os cientistas.

O antiviral remdesivir foi um dos primeiros medicamentos utilizados como tratamento experimental contra o novo coronavírus. Os testes clínicos se encontram em uma etapa avançada de desenvolvimento.

O site americano de notícias de saúde Stat informou que o antiviral se mostrou muito eficaz em um hospital de Chicago onde estão várias pessoas que participam dos testes. Pacientes graves tiveram rápida recuperação de febre e sintomas respiratórios.

O remdesivir se modifica no organismo para se parecer com um dos quatro elementos constitutivos do DNA, os nucleotídeos. Quando os vírus se replicam, o fazem “rapidamente e com um pouco de negligência”, explica o virologista Benjamin Neuman, da Universidade do Texas A&M, em Texarkana. O remdesivir aproveita isso para se incorporar ao vírus e produzir mutações que o destroem.

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