Sábado, 01 de março de 2025
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2018
O dono do bilhete premiado de R$ 22 milhões no sorteio de 1º de setembro da Mega-Sena não se apresentou e perdeu o direito à fortuna. A informação foi confirmada pela Caixa Econômica Federal logo depois das 16h –prazo para que o responsável pela aposta, feita em São Sebastião (litoral norte de São Paulo), reivindicasse o prêmio em qualquer agência do banco no país.
De acordo com a Caixa, o prazo para a apresentação de quem ganha prêmios em loterias federais, a contar da data do sorteio, é de no máximo 90 dias. Isso deve ser feito nas agências do banco, para valores acima de R$ 1.930, e nas próprias lotéricas, para somas abaixo disso.
Segundo a assessoria de imprensa da Caixa, “é bastante incomum” que prêmios de grande valor não sejam retirados. Quando o prazo para reivindicá-los prescreve, o dinheiro é repassado ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Foi o que aconteceu nesta sexta, automaticamente, segundo o banco, com os R$ 22 milhões do bilhete premiado não reclamado.
A aposta simples, de R$ 3,50, foi feita na lotérica “A Milionária”, na região central da cidade. O sorteio havia sido realizado em Santa Catarina. As dezenas sorteadas foram: 08-18-23-37-42-58. Além do apostador de São Sebastião, um outro apostador, de Passos (MG), também ganhou e já retirou o prêmio.
De janeiro a maio deste ano, foram repassados R$ 128 milhões ao Fies, fruto de premiações de loterias prescritas. No ano passado, foram repassados R$ 326 milhões ao fundo estudantil.
Cidade pequena
O dono da lotérica em que o bilhete foi sorteado contou que recebeu várias informações. “Em cidade pequena é complicado, né? Fica aquela fofoquinha, aquele zumzumzum… até ligação eu recebi dizendo que o bilhete havia sido perdido”, contou o comerciante José Carlos Maldonado, 56.
Segundo o comerciante, apesar dos três meses decorridos, só desde a última quarta-feira (28) o fluxo de curiosos e de supostos ganhadores aumentou. Na mesma lotérica, por sinal, ele conta que funcionários já encontraram bilhetes premiados jogados no lixo –nada perto, no entanto, dos R$ 22 milhões.
“Já acharam bilhete premiado em R$ 500, por exemplo, e volta e meia se acha bilhete de valor daí para menos. Sabe que lixo de lotérica é um lugar legal para vasculhar? Sempre aparece algo premiado”, ele conta. “Mas o dessa aposta não achamos, infelizmente”, completa.
Segundo Maldonado, um homem ligou para a lotérica “muito, muito ansioso” narrando uma suposta perda do bilhete premiado.
“Ele disse que tinha perdido o bilhete com a aposta e que pre-ci-sa-va resgatar o prêmio. Pode até ser verdade, mas, se perdeu, é algo que essa pessoa vai ter que se lamentar para o resto da vida –aqui, só sabemos em qual dos sete terminais a aposta foi feita, mais nada”, concluiu.
O comerciante afirmou que essa é a segunda aposta de peso que sai no estabelecimento –a última, há mais de dez anos, era de R$ 500 mil, “quando a aposta simples era só R$ 0,32” (hoje, é R$ 3,50), conta.
“Depois que saiu esse último prêmio, o movimento na lotérica até deu uma aumentada. Mas nada que se compare ao aumento do número de entrevistas que eu tenho dado sobre isso”, diverte-se.
A chance de se acertar as seis dezenas da Mega-Sena com um jogo simples é de uma em 50.063.860 possibilidades de combinações. Os sorteios são realizados duas vezes por semana, às quartas e aos sábados.
Uma aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio. Também é possível fazer as apostas pelo computador, tablet ou celular. Para isso, é necessário ser maior de 18 anos.