O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nessa quarta-feira (9), que o arsenal nuclear americano está “mais poderoso do que nunca”, em um novo alerta à Coreia do Norte e seus testes de mísseis. “Minha primeira ordem como presidente foi renovar e modernizar nosso arsenal nuclear. Está agora mais forte e mais poderoso do que nunca”, disse o republicano em sua conta no Twitter, acrescentando “esperar que nunca tenhamos de usar esse poder”.
Diante das últimas trocas de ameaças entre Washington e Pyongyang, a China pediu que se evitem as palavras e os atos capazes de agravar ainda mais a tensão na península coreana. “A parte chinesa convida a todas as partes a continuar no caminho de uma resolução pacífica da questão nuclear na península coreana e evitar palavras e atos suscetíveis de intensificar as contradições e agravar a situação”, afirmou o chanceler chinês.
A Alemanha também pediu moderação aos EUA e à Coreia do Norte. “Acompanhamos com uma grande preocupação a escalada retórica em torno da península coreana, e a situação é realmente séria”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores alemão. “Em consequência, pedimos moderação a todas as partes”, acrescentou o porta-voz Martin Schäfer.
Segundo ele, Berlim está convicto de que a opção militar não é a resposta para a busca de uma região livre de armas nucleares. Schäfer insistiu ainda que a comunidade internacional aplique plenamente as mais recentes sanções contra a Coreia do Norte aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU.
Para o governo francês, Trump demonstrou diante de Pyongyang uma determinação que todos os presidentes americanos já tiveram. “A determinação do presidente americano, como se expressou esta noite (de terça-feira), é de qualquer maneira a determinação que todos os presidente americanos tiveram porque não podem aceitar que uma parte de seu território possa ser alvo de disparos de mísseis balísticos com capacidade nuclear”, afirmou Christophe Castaner, porta-voz do governo francês.
A Comissão Europeia pediu à Coreia do Norte uma “desnuclearização” da península coreana sem “ações militares”. “A desnuclearização da Península da Coreia deve ser alcançada por por meios pacíficos”, o que “exclui ações militares”, declarou a porta-voz comunitária Catherine Ray, que reconheceu que a escalada verbal entre EUA e Coreia do Norte é “de grande preocupação para a União Europeia, como é para o resto da comunidade internacional”.
O Executivo comunitário lembrou que sempre condenou “com os termos mais fortes” que os norte-coreanos continuem acelerando o desenvolvimento de seus programas balísticos e nuclear, que é uma “violação” das resoluções das Nações Unidas.
“A União Europeia seguirá pressionando a Coreia do Norte para que cumpra com suas obrigações internacionais”, acrescentou a diplomacia europeia, que não citou os EUA em sua declaração.