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O ator Dustin Hoffman é alvo de novas acusações de assédio

As vítimas descreveram "incidentes predatórios" envolvendo Hoffman. (Foto: Reprodução)

O ator norte-americano Dustin Hoffman foi acusado de abuso sexual por mais três mulheres na quinta-feira (14). Uma delas era menor de idade quando foi molestada, segundo informações da revista “Variety”. As vítimas descreveram “incidentes predatórios” envolvendo Hoffman. Uma delas é Cori Thomas, que na época, em 1980, era colega de escola da filha do ator, Karina.

As duas amigas passeavam pela cidade com ele, até que foram para um hotel para aguardar os pais de Cori. No local, Karina se retirou para fazer lição de casa. Pouco depois, o intérprete tomou um banho e apareceu nu no quarto para Thomas. Ele teria dito: “Eu estou nu. Você quer ver?” e teria pedido uma massagem nos pés. A outra vítima é Melissa Kester, que conheceu Dustin nas filmagens de “Ishtar”. Ela disse que contava seus projetos para ele, que parecia interessado. Até que em um dia de gravação, o ator pediu para chamá-la porque estava entediado.

“Quando Kester entrou na sala, Hoffman agarrou-a e colocou suas mãos dentro das calças dela”, diz a publicação. A terceira mulher, que pediu para não ser identificada, também participou da produção de “Ishtar”. Dustin a teria chamado para os estúdios no último dia de filmagem, quando acontecia uma festa, que acabou tarde. Ele ofereceu uma carona e ela aceitou. Então, no banco de trás do carro, tocou nas partes íntimas da moça. Dustin não comentou a repercussão das histórias. Porém, seu advogado Mark A. Neubauer enviou uma carta ao proprietário da “Variety”, a Penske Media Corp, alegando que as acusações são “falsidades difamatórias”.

O lendário ator, de 80 anos, estrela de A primeira noite de um homem, Rain Man, entre outros filmes, já havia sido acusado por várias mulheres de tê-las tocado nos seios e nas nádegas. Entre elas, está a premiada atriz Meryl Streep.

A atriz Kathryn Rossetter declarou ao site The Hollywood Reporter que foi apalpada por Hoffman entre 1983 e 1985, quando atuavam juntos na célebre obra “A morte de um caixeiro-viajante”, adaptada para o cinema em 1985.

Depois que Hoffman ajudou a jovem atriz a obter seu primeiro papel na Broadway, as coisas se transformaram rapidamente em uma “experiência horrível e desmoralizadora”, relatou Kathryn. Durante uma apresentação em Chicago, na qual ela vestia lingerie e cinta-liga – como exigia seu papel -, ele introduziu sua mão por baixo.

Os toques se repetiram de forma “cada vez mais agressiva”, em “quase todas as apresentações” e umas “seis a oito vezes por semana”. “Noite após noite, voltava para casa chorando”, conta a atriz.

“Por que o homem que havia se esforçado para que eu conquistasse o papel, que o havia valorizado e, definitivamente, lançou minha carreira, que me beneficiou com seus conhecimentos de ator, também podia abusar sexualmente de seu poder? Era minha culpa?”, questionou.

Hoffman também lhe teria pedido, reiteradamente, que massageasse seus pés no camarim, pedindo-lhe ainda que fosse “cada vez mais alto” em suas pernas – o que ela, conta, negou-se a fazer.

Kathryn explicou que não podia protestar, porque seu camarim ficava muito perto do palco, e o ajudante do ator montava guarda na frente da porta. A atriz afirma que se propôs a denunciar a conduta de Hoffman a um sindicato de atores de teatro, mas que “profissionais respeitados” a convenceram a recuar na ideia, “já que punha seu trabalho em risco”.

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