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O ator Tom Hanks “trabalhou” como garçom no Globo de Ouro

Ator foi visto com taças em uma bandeja. (Foto: Reprodução)

Embora não tenha saído vencedor, o ator Tom Hanks ganhou destaque ao passar a noite servindo Martinis na 75º edição do Globo de Ouro, realizada no domingo (7), em Los Angeles.

Ele foi indicado a melhor ator pelo filme The Post – A Guerra Secreta, no qual atua em parceria com a também indicada Maryl Streep. No entanto, quem venceu a categoria foi Gary Oldman, que interpreta o ex-ministro inglês Winston Churchill no longa O Destino de Uma Nação, ainda não lançado no Brasil.

Mas o que é um prêmio a mais ou a menos para Tom Hanks? Ele parece ter optado por servir drinks, e imagens desse “garçom” estão circulando pela internet.

Campanhas

Sim, as roupas falam por nós. E na cerimônia do Globo de Ouro, no caso, gritaram, com todos os artistas vestidos de preto em apoio ao movimento Time’s Up, que combate a discriminação não apenas em Hollywood, mas no país inteiro.

O tapete vermelho foi marcado pela cor preta, escolhida pelos atores para marcar o protesto, que pedia que a indústria cinematográfica conversasse mais sobre casos de assédio e abuso sexual. Tanto homens quanto mulheres usaram o seu tempo de entrevistas para falar sobre o assunto.

A campanha mobiliza mais de 300 atrizes, diretoras e agentes e já angariou 14 milhões de dólares para ajudar vítimas de assédio sexual.

Diferentemente do que ocorre sempre, quase não se falou sobre vestido, cabelo e maquiagem. Não havia clima para isso. Se nos últimos anos a campanha #AskHerMore já intimava jornalistas a consultar as atrizes sobre coisas menos frívolas do que roupas, desta vez, ninguém foi capaz de fazer a pergunta “de onde é o seu vestido?” – para a infelicidade das marcas de luxo, que emprestam tudo em troca da publicidade.

Em compensação, a moda foi colocada justamente no centro da festa, cada um dos pretinhos glamourosos querendo falar mais alto do que outro. Detalhes brilhantes, modelagens arrasadoras e tecidos luxuosos marcaram posições.

Ponto para as mangas de Angelina Jolie, a transparência de Jessica Biel e o smoking de Claire Foy. Fizeram diferença ainda joias pesadas, com brilhantes e esmeraldas, e penteados trabalhados. Nesse quesito, venceu o black power de Viola Davis.

Meryl Streep foi uma das atrizes que foi levou uma ativista como acompanhante. Ao lado dela esteve Ai-jen Poo, que luta pelos direitos dos trabalhadores domésticos. “Queremos nos manifestar. Estamos unidas em todos os setores da indústria. Nós temos direito a um ambiente de trabalho mais digno”, disse a atriz.

O look de Claire Foy, atriz principal da série The Crown, que interpreta a Rainha Elizabeth II, teve um detalhe a mais: ela escolheu usar um broche escrito “50:50 Actress Equal Representation”, nome de uma ONG que defende a representação igual de homens e mulheres em filmes e séries. A organização existe a dois anos e começou no Reino Unido, terra natal de Claire. O foco principal do 50:50 é que a igualdade de gêneros no cinema seja alcançada até 2020, ou seja, daqui dois anos.
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