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Rio Grande do Sul Shoppings em Porto Alegre podem parar de funcionar de novo na segunda-feira

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Academias devem entrar na nova lista, a ser divulgada nesta segunda-feira. (Foto: Reprodução)

Durante transmissão nas redes sociais nesta sexta-feira (12), o prefeito Nelson Marchezan Júnior anunciou que voltará atrás em medidas que flexibilizaram o distanciamento social e as atividades econômicas em Porto Alegre. A decisão foi motivada por dados que apontam um aumento de 53% na demanda por leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) na cidade em menos de duas semanas.

No início do mês, eram 45 pacientes de Covid-19 em atendimento nesse tipo de estrutura, número que saltou para 69 na última quinta-feira (11), feriado de Corpus Christi. As restrições serão divulgadas por decreto a ser publicado no Dopa (Diário Oficial de Porto Alegre) e passam a valer a partir da próxima segunda-feira (15).

Marchezan destacou que o recuo tem caráter preventivo. “[A decisão foi tomada] Pensando no futuro, em uma espécie de ‘trava de segurança’ para diminuir a velocidade de crescimento da demanda por leitos de UTI e uma precaução para que possamos continuar com a estrutura de saúde disponível para quem precisar de atendimento”, argumentou.

Ainda de acordo com o chefe do Executivo municipal, o objetivo é manter ajustadas as regras de distanciamento e convivência social de modo a evitar que, no futuro, a demanda de saúde extrapole a capacidade de atendimento da rede hospitalar.

“Iniciamos as medidas de distanciamento social em 16 de março e este tempo foi muito importante para organizar e estruturar a gestão hospitalar de forma integrada”, fez a ressalva. “Desde o início da pandemia, a situação epidemiológica da Ccapital é analisada diariamente, adotando como dado-referência o número de pacientes de UTI com teste positivo para coronavírus.”

Detalhes

Mesmo sem detalhar todo o novo decreto, o prefeito adiantou, por exemplo, que estabelecimentos comerciais com faturamento acima de R$ 360 mil por ano, academias e restaurantes deverão ter suas atividades novamente restritas. As academias deverão voltar a atender apenas uma pessoa por vez e os restaurantes deverão fechar novamente às 23h.

O funcionamento de shoppings centers, empresas e microempresas também poderá ser modificado.

“A partir de segunda-feira a gente está limitando ou restringindo as atividades dos shoppings centers novamente, nós também deveremos voltar ao cenário antes do decreto de 20 de maio, que liberava atividades de empresas acima dos R$ 360 mil de faturamento. Voltaremos ao cenário do decreto de 5 de maio, autorizando as atividades das microempresas”, disse Marchezan.

A princípio, indústria e construção civil não serão afetadas. “As medidas podem ser reavaliadas nos próximos dias”, acrescentou. “A prefeitura não está buscando culpados, mas é importante considerar os dados referentes aos leitos ocupados, a capacidade futura de atendimento das demandas e a mobilização que determinadas atividades geram.”

Ele prosseguiu, mencionando que, em todo o mundo, as medidas que se apresentaram mais eficientes envolveram a suspensão das atividades econômicas, diminuindo assim a proximidade física, o contágio e a expansão do vírus em sociedades específicas. “São decisões baseadas na velocidade, não na demanda. Nós temos capacidade de atender a demanda atual e um eventual crescimento, mas essa decisão não é pensando na ocupação de leitos de hoje, mas pensando no futuro.”

O prefeito lembrou, também, que as decisões também não terão reflexo nos próximos dias, em relação aos casos de coronavírus, mas sim nas próximas duas semanas. Ele finalizou dizendo que vai procurar representantes do segmento supermercadista, a fim de pedir que ampliem os horários de funcionamento. A ideia é evitar as aglomerações nesses locais.

(Marcello Campos)

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