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Mundo O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, atravessou a fronteira para ir a um show humanitário na Colômbia

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Juan Guaidó acena ao chegar ao Venezuela Aid Live, em Cúcuta, na Colômbia. (Foto: Reprodução)

O presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, chegou no final da tarde desta sexta-feira (22) a Cúcuta, na Colômbia, onde acontece o show Venezuela Aid Live, um evento humanitário para arrecadar dinheiro e promover a entrada de ajuda humanitária no país.

Ele foi recebido pelos presidentes da Colômbia, Ivan Duque, Chile, Sebastian Piñera, e Paraguai, Mario Abdo Benítez, além do secretário geral da OEA, Luis Almagro. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, também foi ao evento.

Ao cruzar a fronteira, Guaidó desobedeceu uma decisão do Tribunal Supremo da Venezuela, que no final de janeiro congelou suas contas e o proibiu de sair do país.

A Corte, controlada pelo regime de Nicolás Maduro, atendeu ao pedido do procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab.

Como Guaidó é um parlamentar – e, inclusive, preside a Assembleia Nacional –, ele tem direito à imunidade. Somente o Tribunal Supremo, portanto, poderia autorizar uma investigação criminal – como foi feito.

Venezuela Aid Live

Maná, Alejandro Sanz, Luis Fonsi, Maluma, Juanes e Fonseca são alguns dos artistas que participam do show humanitário em Puente Tienditas, na fronteira da Colômbia com a Venezuela,.

O evento visa “criar consciência global sobre a crise humanitária que a Venezuela enfrenta e para levantar fundos para nossos irmãos necessitados”.

O bilionário britânico Richard Branson, do grupo “Virgin”, responsável por organizar o evento, planeja arrecadar US$ 100 milhões em 60 dias com a iniciativa.

Ajuda humanitária

Guaidó marcou para este sábado a passagem de ajuda humanitária doada por outros países, entre eles o Brasil. Voluntários irão em caravanas às fronteiras terrestres e marítimas do país para ajudar. Mas Maduro se nega a receber ajuda internacional, que segundo ele representa um pretexto para uma invasão militar à Venezuela e subsequente golpe para tirar o chavismo do poder.

Segundo o porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, Otávio do Rêgo Barros, o governo brasileiro tem cerca de 200 toneladas de alimentos estocados para ajuda humanitária à Venezuela.

Até esta sexta-feira, havia um único caminhão venezuelano na capital Boa Vista, em Roraima, para aguardar o início do transporte dos produtos.

O estoque da ajuda humanitária inclui alimentos básicos, como arroz, feijão, café, leite em pó, açúcar, sal, além de kits de primeiros-socorros. Parte desse estoque foi doado por outros países, entre os quais os Estados Unidos.

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