Área urbana que a cada ano intensifica a sua importância como um dos principais pontos de encontro para manifestações culturais e políticas em Porto Alegre, o bairro Cidade Baixa recebe neste domingo a “Festa de Rua da Diversidade”. O evento começa às 16h na Rua da República (trecho entre Lima e Silva e Sofia Veloso) e tem encerramento previsto para as 22h.
Dentre as atrações, serão apresentados shows de drag-queens, transformistas e dublagens. A trilha sonora ficará a cargo de DJs conhecidos da noite gaúcha no segmento LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexuais).
De acordo com os organizadores, a iniciativa conta com o apoio de bares de perfil LGBTI na capital gaúcha e serve como aquecimento para a tradicional Parada de Luta LGBTI, programada para os dias 28, 29 e 30 deste mês.
A festa também tem a prefeitura como parceria, por meio da Unidade de Diversidade Sexual e de Gênero da SMDSE (Secretaria do Desenvolvimento Social e Esporte).
O órgão marcará presença com orientações sobre procedimentos para a alteração do prenome e gênero na certidão de nascimento de travestis e transexuais. Também prestará informações sobre outros serviços de utilidade pública.
Lei municipal
Na semana passada, o prefeito Nelson Marchezan Júnior sancionou uma lei que inclui o Dia Internacional do Orgulho LGBT no calendário municipal de datas comemorativas e de conscientização em Porto Alegre. A medida tem por objetivo valorizar a luta pelos direitos da comunidade gay e o combate à violência.
Atualmente, a capital gaúcha tem a segunda maior Parada Livre do País. O evento mobiliza dezenas de milhares de pessoas e gera desenvolvimento econômico à cidade.
“O governo tem o dever de conscientizar a sociedade sobre a importância do combate ao preconceito”, ressaltou Marchezan ao assinar o documento. “A luta contra a discriminação tem que ser de todos.”
Autor do projeto de lei, aprovado na Câmara Municipal no final de abril, o vereador Moisés Barboza (PSDB) explica que a inclusão no calendário oficial traz benefícios diretos à comunidade LGBT: “Agora, os movimentos poderão ir até a iniciativa privada pedir apoio e patrocínio”.
(Marcello Campos)