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O Banco Central do Brasil anuncia medidas para injetar dólar no mercado

Pacote, voltado a pequenas empresas e famílias, prevê até o uso de imóvel já financiado para fazer novo empréstimo. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O BC (Banco Central) anunciou nesta quarta-feira (18) que vai comprar títulos do governo federal negociados em dólar no mercado internacional, os chamados títulos soberanos, com o compromisso de revender o mesmo papel ao mesmo aplicador dentro de um mês. A medida tem o objetivo de aumentar a oferta de ativos negociados em dólares no mercado e ajudar investidores que estão preocupados com os impactos do novo coronavírus na economia.

Esses títulos do governo são negociados por investidores estrangeiros, mas fundos de investimento oferecidos por gestores de recursos no Brasil também aplicam nesse tipo de papel, inclusive bancos. Há atualmente 31 bilhões de dólares em títulos soberanos. Segundo o Banco Central, se houver interesse por parte dos investidores, todo esse volume poderá ser recomprado. Isso representaria aproximadamente 8,5% do total de reservas em moeda estrangeira que o Brasil possui, cerca de 362,5 bilhões de dólares.

“A medida entra em vigor nesta data (18/03), e visa garantir o bom funcionamento dos mercados”, disse o Banco Central em comunicado oficial.

Nessa operação, o Banco Central vai recomprar os títulos, ou seja, vai pagar adiantado ao investidor o valor dos títulos. Para isso, vai pedir um desconto de 10% no negócio. Na mesma operação, o Banco Central assume o compromisso de revender o mesmo papel ao mesmo aplicador.

Durante esse período em que o título fica nas mãos do Banco Central, que será de um mês, o aplicador fica livre de uma importante obrigação: deixar um dinheiro separado como garantia, a chamada margem, até o limite de 500 mil dólares. Assim, essa medida do Banco Central libera o investidor para poder usar dólares que estão travados.

Ou seja, a medida libera recursos em dólar para investidores e bancos.

A venda à vista do título soberano será paga pelo Banco Central em dois dias úteis depois da contratação e a correspondente recompra, em até trinta dias corridos após a liquidação da venda

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