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O Banco Central reduziu para 1,3% a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano

Informação é do subscretário de Política Fiscal, Marco Cavalcanti. (Foto: Divulgação)

O BC (Banco Central) reduziu de 1,4% para 1,3% a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2018. O dado consta no Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira (20). O ajuste, afirmou o BC, deve-se em boa parte à revisão das contas nacionais, que aumentou ligeiramente o nível do PIB de 2017, o que elevou a base de comparação.

Para 2019, o documento mantém em 2,4% a previsão de crescimento do PIB. Nesse ponto, o relatório pondera que a previsão tem um “maior grau de incertezas” e está condicionada ao cenário de continuidade das reformas econômicas. “É fundamental destacar que essa perspectiva está condicionada a um cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, notadamente as de natureza fiscal”, informa o documento.

O relatório afirma que os indicadores recentes continuam evidenciando uma recuperação gradual da economia brasileira, mas destaca que a economia segue operando com elevado nível de ociosidade “refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego”.

Cenário externo

Sobre o crescimento econômico no mundo, o relatório aponta que desde o Relatório de Inflação anterior, divulgado em setembro, “as projeções de crescimento da maioria dos países têm sido reavaliadas, refletindo o menor dinamismo da atividade”.

Segundo o Banco Central, os impactos associados às tensões comerciais, em particular sobre a China, têm aumentado. O Relatório de Inflação afirma que o cenário externo permanece desafiador para economias emergentes. “Os principais riscos estão associados ao aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais, à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas e a incertezas referentes ao comércio global”, disse.

Mas o BC lembra que “a economia brasileira apresenta maior capacidade de absorver eventual revés no cenário internacional devido à situação robusta de seu balanço de pagamentos e ao ambiente com expectativas ancoradas e perspectiva de recuperação econômica”.

Inflação

Com relação ao Relatório de Inflação divulgado em setembro, o documento divulgado nesta quinta-feira reduziu de 4,1% para 3,7% a previsão de inflação em 2018, ainda mais distante do centro da meta de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância. Para 2019, a previsão caiu de 4% para 3,9%.

Copom

Com a economia ainda em recuperação, aumentou o risco de a inflação ficar abaixo do esperado. A avaliação é do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic.

A ata da última reunião do Copom foi divulgada na terça-feira (18). Nessa reunião, o comitê optou por manter a taxa Selic em 6,5% ao ano, pela sexta vez consecutiva.

“Os membros do comitê avaliaram que, desde sua última reunião, o risco de o nível de ociosidade elevado produzir trajetória prospectiva de inflação abaixo do esperado aumentou e o risco relacionado a uma frustração das expectativas de continuidade das reformas [como a da Previdência] e ajustes necessários na economia brasileira diminuiu”, diz a ata.

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