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Redação O Sul
| 7 de maio de 2020
Boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS) dessa quinta-feira (7) registrou 6.539 mortes por Covid-19 no mundo em 24 horas. Desse total, 610 foram confirmadas no Brasil, o que representa 9,17% dos óbitos pela doença do novo coronavírus.
A situação ainda é mais grave nos Estados Unidos, país que, segundo o relatório, registrou 2.499 mortes por Covid-19 em apenas um dia — quase 40% do total diário. Já o Reino Unido confirmou que 649 pessoas morreram. Pelas contas da OMS, o total acumulado de vítimas do novo coronavírus em todo o mundo até essa quinta era de 254.045.
Em relação ao número de casos confirmados em 24 horas, o Brasil registrou 8,3% dos 83.465 diagnósticos de novo coronavírus relatados pelo boletim dessa quinta.
Os números se referem aos relatados pelas autoridades de cada país à OMS até as 5h dessa quinta (horário de Brasília). De acordo com boletim do Ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou as 9 mil mortes.
Preocupação regional
A situação da pandemia em solo brasileiro já preocupa autoridades de países vizinhos. Na quarta, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que o Brasil representa um risco muito grande para a América do Sul.
Durante uma entrevista em uma rádio, o líder argentino foi perguntado sobre protestos da oposição de seu país que pedem flexibilização das medidas de confinamento.
Ele afirmou então que é possível ver a consequência do que estão propondo. “Esses setores da oposição convocam as pessoas a fazerem pedidos pela própria doença”, disse ele.
O entrevistador pergunta, então, se Fernández se referia a uma situação como a brasileira, onde há centenas de mortos todos os dias, e se o Brasil chega a ser um risco para a região.
“Muito grande, muito grande”, responde Fernández.
“Eu falei com o [Sebastián] Piñera (presidente do Chile), com o Lacalle [Pou] (presidente do Uruguai), obviamente que é um risco muito grande. A não ser por dois países, Chile e Equador, o Brasil faz fronteira com toda a América do Sul.”
O presidente da Argentina então afirmou que na Argentina entram caminhões brasileiros que levam carga “de São Paulo, um dos lugares mais infectados do Brasil”.
Não foi a primeira vez que Fernández expressou sua preocupação com a situação da epidemia no Brasil.
De acordo com o jornal “La Nación”, no sábado (2), Fernández já havia falado sobre isso.
“Há muito transporte que vem do mercado de São Paulo, e lá o foco infeccioso é altíssimo e parece que o governo não está encarando com a seriedade que o caso requer. Isso me preocupa muito pelo povo do Brasil, mas também porque pode se transferir para a Argentina.”