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Brasil Brasil consolida sua posição de exportador de petróleo. Em 2024, o País vendeu mais da metade de sua produção ao mercado externo

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Segundo dados do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), as exportações brasileiras corresponderam a 52,1% de toda a produção nacional no ano. (Foto: André Ribeiro/Ag. Petrobras)

Em 2024, pela primeira vez na história, o Brasil exportou mais de 50% de sua produção de petróleo, consolidando-se como um dos principais exportadores globais da commodity.

Segundo dados do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), as exportações brasileiras corresponderam a 52,1% de toda a produção nacional no ano, com uma média de 1,75 milhão de barris por dia, um aumento de 10,1% em relação a 2023. ​

Esse crescimento ocorre em um cenário de queda na produção nacional, que registrou uma média de 3,365 milhões de barris por dia em 2024. A alta nas exportações foi impulsionada principalmente por empresas privadas, mas a Petrobras já planeja investimentos para aprimorar sua logística, reduzir custos e minimizar emissões no transporte de petróleo para o exterior. ​

A China manteve-se como principal destino do petróleo brasileiro, absorvendo 37,6% das exportações totais. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com 15,8%, seguidos por Espanha (12,2%), Holanda (9%) e Portugal (6%). ​

Margem Equatorial pode representar fronteira no aumento da produção

Paralelamente, a Petrobras tem direcionado esforços para a exploração de novas fronteiras petrolíferas, com destaque para a Margem Equatorial brasileira, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá. A região é considerada estratégica devido ao seu elevado potencial para descobertas de óleo leve, de maior valor comercial. ​

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a pesquisa na Margem Equatorial, afirmando que “pesquisar estes recursos é obrigação de um país que busca a segurança energética, ao mesmo tempo em que incentiva a transição”. ​

Estudos indicam que a produção de petróleo na Margem Equatorial pode adicionar R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional e incrementar a arrecadação indireta em R$ 3,87 bilhões. ​

Recentemente, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reuniu-se com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, durante a CeraWeek, uma das mais importantes conferências do setor de energia, realizada em Houston, nos Estados Unidos.

O encontro abordou oportunidades para a exploração e produção de petróleo em águas profundas da Guiana, na Margem Equatorial, além de outras possibilidades de cooperação energética entre os países sul-americanos.

A Guiana tem se consolidado como um dos novos protagonistas do setor petrolífero global, após uma série de descobertas significativas em sua Margem Equatorial.

Desde 2020, o país viu sua produção de petróleo crescer mais de 800%, atingindo atualmente cerca de 600 mil barris por dia. A expectativa do governo guianense é elevar esse volume para aproximadamente 1 milhão de barris diários até 2027. ​

Contudo, a exploração na Margem Equatorial enfrenta desafios significativos, especialmente relacionados à obtenção de licenças ambientais para a perfuração de poços exploratórios em águas profundas. Desde 2013, apenas um poço foi perfurado nessa região, localizado na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, apesar do potencial considerável dos blocos adquiridos. As informações são do portal Brasil 247.

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