Grande apoiador da causa ambiental, o rei Charles III afirmou que o Brasil é “fundamental para a preservação do Planeta”, durante conversa com o presidente do Banco do Brasil (BB), Fausto Ribeiro. Na ocasião, o monarca, porém, não teria entrado no mérito, da troca de comando no País, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ante o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
O encontro entre o rei Charles III e o presidente do BB ocorreu em evento realizado no Palácio de Buckingham, em Londres (Reino Unido), com o objetivo de debater ações para combater as mudanças climáticas. A reunião foi uma espécie de prévia à Conferência da ONU para o Clima (COP27), que teve início no domingo (6), no Egito. Como não vai poder participar por conta de compromissos assumidos pela Coroa, o monarca britânico promoveu essa reunião com mais de 200 participantes, entre políticos, ativistas e CEOs de empresas de todo o mundo, incluindo o Brasil.
O pré-encontro também teve como objetivo promover o manifesto Terra Carta, compromisso lançado pelo próprio rei Charles III durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos (Suíça), em 2020, e que visa a acelerar os esforços globais na transição para um futuro mais sustentável.
Além de CEOs, estavam presentes ainda o novo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, o enviado especial dos Estados Unidos para questões climáticas, John Kerry, o presidente da COP, Alok Sharma, e ainda a estilista e ativista Stella McCartney, filha de Paul McCartney.
Representando o Brasil, além do presidente do BB, estavam o CEO da Klabin, Cristiano Teixeira, e um representante da Natura. “O rei Charles III foi muito simpático e disse que o Brasil é fundamental para a preservação do Planeta”, disse Ribeiro.
O executivo falou sobre o trabalho do Banco do Brasil a rei Charles III, evidenciando que a instituição trabalha alinhada às melhoras práticas internacionais. Contou ainda sobre o Programa ABC, do governo federal e que estimula ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, principais causadores das mudanças climáticas, na agricultura brasileira, o que teria despertado o interesse por sua majestade.
Durante sua gestão, o atual presidente do BB tem impulsionado ações de ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança). O banco tem buscado linhas de financiamento no exterior para o setor de agronegócios, do qual é líder no Brasil, para empresas alinhadas a esses princípios.
Uma delas é uma captação de 80 milhões de euros (cerca de R$ 400 milhões) com o banco de desenvolvimento alemão KfW para destinar a projetos de recuperação de florestas no Brasil, bem como uma parceria, sendo que ambas as iniciativas serão anunciadas na COP27. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.