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O Brasil está indo bem, mas os “juros escandalosos” precisam cair, diz o vice-presidente da República

Alckmin é o presidente em exercício enquanto Luiz Inácio Lula da Silva está no exterior. (Foto: Cadu Gomes/PR)

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, voltou a criticar o patamar da taxa básica de juros nessa segunda-feira (17). Ele afirmou que o País está avançando, mas que falta os juros “escandalosos” caírem. Alckmin deu as declarações no Itamaraty. Ele é o presidente em exercício enquanto Luiz Inácio Lula da Silva está no exterior.

“As coisas estão caminhando bem: inflação em queda, câmbio competitivo, reforma tributária aprovada na Câmara, arcabouço fiscal encaminhado. Só faltam os escandalosos juros caírem e nós vamos ter uma geração de emprego ainda mais forte”, afirmou.

Alckmin também disse que não ouviu nada sobre ser retirado do Ministério da Indústria e Comércio para facilitar a acomodação do Centrão no governo. Afirmou ainda que a decisão será de Lula. O vice-presidente declarou ser a favor da governabilidade, e disse que há “partidos demais” no Brasil.

Ele deu as declarações a jornalistas depois de discursar na abertura do Workshop Internacional “Cooperativas pelo Desenvolvimento Sustentável”. Em sua fala no evento, o vice-presidente da República disse que o mundo está mais rico e desigual. “Nessa conjuntura, quem tem capital prospera”, afirmou.

Segundo Alckmin, o caminho para os pequenos atores econômicos é o associativismo e cooperativismo, para ganhar escala e agregar valor a seus produtos. Ele disse que o governo está feliz com o aumento do cooperativismo no País.

Geraldo Alckmin destacou a importância do cooperativismo para a união e crescimento dos pequenos produtores, como uma solução para agregar valor aos produtos e aumentar a renda.

Durante o evento, promovido em Brasília pela Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com o Sistema OCB, Alckmin abordou seu histórico de cooperado – uma vez como médico; outra vez como pequeno produtor de leite; ou mesmo como beneficiário de seguros. Além disso, um tio seu presidiu a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e a própria Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Alckmin falou sobre o futuro do cooperativismo. “Ele [o cooperativismo] é importantíssimo para hoje e para o futuro. Se ele já era importante há um século, hoje ele é muito mais importante. O que nós assistimos no mundo? Um mundo mais rico e um mundo mais desigual: essa é a realidade mundial”, sintetizou.

“Só tem um caminho para que o pequeno possa sobreviver, ter escala, competir, ter suporte de apoio, alcançar novos mercados, é através do associativismo e cooperativismo”, afirmou Alckmin. “Qual o problema do pequeno? É a renda baixa. Então, só tem um caminho: agregar valor e unir através das cooperativas”, completou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e do Palácio do Planalto.

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