Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (06), ao assinar contratos de concessão de 12 aeroportos, que o seu governo está devolvendo a confiança ao Brasil. O presidente participou de uma cerimônia no Palácio do Planalto com representantes do governo e das empresas vencedoras.
“São os nossos atos, as ações dos 22 ministros que estão fazendo com que o Brasil esteja recuperando a sua confiança. Sem confiança, realmente, nada pode ser materializado”.
O leilão, o primeiro de concessões no setor de infraestrutura do governo Bolsonaro, foi realizado em 15 de março. Na ocasião, a União arrecadou R$ 2,37 bilhões em outorgas à vista. Os 12 aeroportos foram divididos em três blocos regionais. O leilão foi marcado pela dominância das operadoras aeroportuária estrangeiras.
Para Bolsonaro, é necessário “afastar o Estado da vida do cidadão”, com exceção de serviços “perfeitamente essenciais”: “Devemos cada vez mais afastar o Estado da vida do cidadão, a não ser naquelas coisas perfeitamente essenciais”.
Na mesma linha, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que o resultado do leilão demonstrou uma confiança dos investidores na política econômica do governo.
“Esse resultado extraordinário indica confiança. Mostra que o investidor confia no Brasil, confia na política econômica, confia na direção que está sendo dada, na direção liberal. Confia que nós estamos no caminho correto. Não tenho dúvidas de que estamos no caminho correto, e os números começam a mostrar isso”.
Bolsonaro fez diversos elogios a Tarcísio, e chegou a brincar dizendo que iria promovê-lo a major. O ministro foi engenheiro do Exército durante 16 anos. “Eu vou passar do cima do comandante do Exército hoje e, via decreto, vou promover o Tarcísio a major. O nosso capitão realmente nos tem dado muita alegria através do seu Ministério da Infraestrutura”.
Tarcísio, por sua vez, comemorou o “segundo aniversário” de Bolsonaro, em referência ao atentado que ele sofreu há um ano, em Juiz de Fora, durante a campanha eleitoral: “Nada melhor do que assinar este contrato no dia do segundo aniversário do nosso presidente Jair Bolsonaro”.
Evangélicos
Diante de uma avaliação popular em queda, com impacto inclusive em setores identificados com o bolsonarismo, Bolsonaro iniciou articulação para se aproximar ainda mais de evangélicos e seus líderes.
Considerado um dos pilares de sua base de apoio, o grupo religioso é a aposta do presidente para evitar um aumento de uma rejeição social, blindar-se de retaliações no Congresso e catapultá-lo a uma disputa à reeleição. Em um café da manhã na última terça-feira (03), Bolsonaro disse que é preciso conversar cada vez mais com os evangélicos. “Trazê-los para perto.”
O presidente tem acenado com a indicação de evangélicos para cargos públicos, concedido benefícios fiscais a templos cristãos, chancelado projetos que reforçam a pauta de costumes e cogitado a indicação de um religioso para o posto de vice-presidente em 2022.
Na tentativa de emplacar um pacote tributário a templos religiosos, a bancada evangélica convidou, no mês passado, o presidente para um almoço na casa do deputado federal Silas Câmara (PRB-AM).