A economia brasileira criou 43.820 empregos com carteira assinada em julho, segundo números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério da Economia.
O saldo é a diferença entre as contratações e a demissões. Em julho, o País registrou 1.331.189 contratações e 1.287.369 demissões.
Com isso, houve queda no número de vagas formais abertas na comparação com o mesmo mês do ano passado – quando foram criados 47.319 empregos com carteira assinada.
“Consideramos que o mercado de trabalho tem apresentado sinais de recuperação gradual, em consonância com o desempenho da economia. O governo vem adotando medidas de impacto estrutural e esperamos reflexos positivos no mercado de trabalho, na medida do aprofundamento das reformas”, afirmou em nota o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo.
Após três anos seguidos de demissões, a economia brasileira voltou a gerar empregos com carteira assinada em 2018, quando foram abertas 529.554 vagas formais, de acordo com dados oficiais.
Parcial do ano
Os números oficiais do governo mostram também que, nos sete primeiros meses deste ano, foram criados 461.411 empregos com carteira assinada.
Com isso, houve aumento de 2,93% frente ao mesmo período do ano passado – quando foram abertas 448.263 vagas formais. Esse também foi o maior saldo, para o período de janeiro a julho, desde 2014 (632.224 vagas formais abertas).
Os números de criação de empregos formais do primeiros sete meses do ano, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro e junho. Os dados de julho ainda são considerados sem ajuste.
Segundo o Ministério da Economia, nos últimos 12 meses foram criados 521.542 postos de trabalho formais. Já o estoque de empregos formais na economia somou 38,872 milhões no final de julho, contra 38,350 milhões no mesmo mês de 2018.
Por setores
Os números do governo revelam que, em julho, houve abertura de vagas em sete dos oito setores da economia. O maior número de empregos criados foi registrado na construção civil. A administração pública foi o único setor que demitiu no período.
Dados regionais
Segundo o governo, houve abertura de vagas formais, ou seja, com carteira assinada, em todas as regiões do País em julho deste ano.
O governo informou ainda que, das 27 unidades federativas, 20 tiveram criaram empregos formais em julho. A abertura de vagas no mês é liderada por São Paulo (+20.204), seguido de Minas Gerais (+10.609) e Mato Grosso (+4.169 vagas).
Os maiores volumes de demissões foram registrados no Espírito Santo (-4.117), Rio Grande do Sul (-3.648) e Rio de Janeiro (-2.845).
Trabalho intermitente e parcial
Segundo o Ministério da Economia, foram registradas 12.121 admissões e 6.575 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente em julho deste ano. Como o total de admissões nessa modalidade foi maior que o de demissões, houve um saldo positivo de 5.546 empregos no período.
O trabalho intermitente é aquele esporádico, em dias alternados ou por algumas horas, e é remunerado por período trabalhado.
Julho registrou ainda 6.493 admissões na modalidade de regime de trabalho parcial e 5.753 desligamentos, gerando saldo positivo de 740 empregos.
As novas modalidades de trabalho parcial, definidas pela reforma trabalhista, incluem contratações de até 26 horas semanais com restrições na hora extra ou até 30 horas por semana sem hora extra.
Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.612,59 em julho. Em termos reais (após a correção pela inflação), houve alta de 0,4% no salário de admissão, ou de R$ 6,5; na comparação com o mesmo mês de 2018.
Em relação a junho de 2019, houve uma alta real de 1,8%, ou de R$ 28,45, no salário médio de admissão, informou o Ministério da Economia.