Sábado, 08 de março de 2025
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2024
Em duas semanas, Tesouro Nacional, Vale, Aegea e XP levantaram US$ 3,8 bilhões com emissão de títulos no exterior (bonds), a partir de uma visão positiva para o juro futuro americano de 10 anos, e apesar de o cenário sobre corte dos juros nos Estados Unidos continuar incerto. Com isso, o acumulado de operações feitas por emissores brasileiros soma US$ 15,34 bilhões e encosta no total de US$ 16 bilhões em títulos emitidos em 2023. O ambiente favorável foi composto também pela liquidez ainda elevada no exterior, fazendo com que os fundos de crédito continuem recebendo recursos que precisam ser alocados, e o fato de os prêmios de risco para emissores brasileiros de melhor qualidade estarem em níveis mínimos.
Juros
O comportamento do juro americano é a variável mais importante para emissores e investidores. Especialistas explicam que há a percepção de que o ponto médio da curva futura do juro americano, ou os papéis de 10 anos, está em um patamar adequado às expectativas de que o banco central dos EUA (Fed) vai reduzir a taxa.
Custo de captação
Segundo Caio de Luca, da área de mercado de capitais de dívida do Bank of America Brasil, o prêmio de risco para emissores brasileiros com grau de investimento tocou na mínima de cinco anos em maio e, desde então, oscilou muito pouco para cima. Para os emissores que não estão nessa categoria, a tendência é a mesma, diz.
A expectativa é de que os emissores continuem olhando o mercado de forma oportunista, observando as janelas para captações com objetivos de gestão do passivo ou condução dos negócios. O responsável pelo mercado de dívida no Citi Brasil, Alexandre Castanheira, afirma que a perspectiva é de que os emissores aguardem a divulgação dos balanços do segundo trimestre para captar.
A SPX Syn – joint venture entre a gestora SPX Capital e a empresa de propriedades Syn (antiga Cyrela Commercial Properties) – abriu um novo fundo de investimento imobiliário, com foco no desenvolvimento de galpões logísticos em áreas nobres. Leia-se aí: nas saídas de rodovias e dentro dos centros urbanos.
A proposta é captar R$ 400 milhões que, segundo fontes de mercado, seriam suficientes para erguer de quatro a seis empreendimentos em São Paulo, dependendo do porte e da localização. Este será o quarto fundo da SPX Syn, que hoje tem R$ 2 bilhões em ativos sob gestão.