Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Marcelo Warth | 23 de março de 2023
Facção criminosa planejava sequestrar e matar o ex-ministro da Justiça
Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoO senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) afirmou, nesta quinta-feira (23), que “o Brasil não será vencido pelo crime”. A declaração foi dada um dia após a PF (Polícia Federal) prender nove integrantes de uma facção criminosa que pretendiam sequestrar e matar o ex-ministro da Justiça e outras autoridades.
“O Brasil não será vencido pelo crime. As inúmeras manifestações de solidariedade que eu e a Rosangela Moro recebemos nos enchem de esperanças. Apresentei projeto de lei para criminalizar o planejamento de ações do crime organizado contra agentes da lei (ex: juízes, promotores e policiais) e, assim, permitir que estes possam proteger o cidadão e a sociedade sem retaliações. O condenado vai direto para um presídio federal. Espero o apoio de todos. Não recuaremos. Outras propostas virão”, escreveu o ex-juiz da Operação Lava-Jato nas redes sociais.
“Quando combatemos a corrupção, tentam nos matar com mentiras, quando combatemos o crime organizado, tentam nos matar de verdade”, declarou Moro em discurso no Senado após a Operação da PF, realizada na quarta-feira (22) no Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.
Segundo as investigações, a rotina de Moro e sua família estava sendo monitorada por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador.
A facção criminosa ficou incomodada com o fim das visitas íntimas nos presídios federais. A medida foi determinada por Moro quando ele era ministro da Justiça. Moro também determinou a transferência do chefe do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e de outros integrantes da facção para presídios de segurança máxima.
Deltan
O deputado federal e ex-procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou que “o atentado do crime organizado contra a vida de Moro e sua família é um atentado contra a sociedade e todos os agentes da lei”.
“Parabéns às instituições. Obrigado por não deixarem o crime vencer”, declarou o parlamentar.