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Brasil perde liderança no ranking das melhores universidades

(Foto: Divulgação)

Pela primeira vez, o Brasil não lidera o ranking das mais prestigiadas instituições de ensino superior da América Latina. A PUC do Chile alcançou o primeiro lugar da classificação, que nos últimos anos foi ocupado pela USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade de Campinas). O ranking de reputação acadêmica da revista britânica THE (Times Higher Education) foi publicado nesta terça-feira (18).

A PUC do Chile alcançou o primeiro lugar, depois de três anos na terceira posição. Segundo o relatório da revista, as universidades chilenas melhoraram a pontuação por ter investido no quadro de professores.

A USP permaneceu no segundo lugar e a Unicamp caiu da primeira para a terceira posição. No entanto, o relatório destaca que as duas instituições tiveram melhora na pontuação, mas não o suficiente para manter o status anterior. Ou seja, a PUC do Chile apresentou uma melhora mais rápida e forte que as instituições brasileiras.

Das 150 instituições da América Latina que aparecem no ranking, 52 são brasileiras – país com maior número de universidades classificadas. “No entanto, o maior País da região não ocupa mais o primeiro posto”, destaca o relatório. Além das duas já citadas, o brasil tem outras quatro universidades no top 10: PUC Rio, Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e Unesp (Universidade Estadual de São Paulo).

Apesar de ainda manter posição de destaque na classificação regional, 13 importantes universidades brasileiras tiveram queda de posição no último ano, como a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), do UFRJ (Rio de Janeiro), da UFBA (Bahia), de UFSCar (São Carlos), entre outras.

“Esta instituição [Unicamp, que perdeu o primeiro lugar], bem como várias outras brasileiras, teve menor pontuação por impacto de citações este ano, o que sugere que o país deve dar mais atenção à qualidade da pesquisa para evitar queda maior no futuro”, diz o relatório.

Há ao menos dois anos, a THE alerta o Brasil para maior e melhores investimentos em ensino e pesquisa. Na edição anterior, o relatório dizia que “apesar do domínio regional contínuo, a situação econômica brasileira coloca o sistema de ensino superior em posição precária”. A avaliação do THE utiliza informações como número de citações em pesquisa, o nível de internacionalização, o grau de titulação dos professores, a transferência de conhecimento para a sociedade e outros aspectos.

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