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O Brasil registrou mais de 45 mil casos de coronavírus e 961 mortes em 24 horas

Segundo a pasta, 6.405.356 pessoas (87%) já se recuperaram da Covid-19. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O balanço divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Ministério da Saúde registra 46.696 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, já foram notificados 7.365.517 casos da doença. Até às 18h desta quarta, houve registro de 961 mortes, totalizando 189.220 óbitos.

Segundo a pasta, 6.405.356 pessoas (87%) já se recuperaram da covid-19.

O balanço do ministério é feito a partir de registros reunidos pelas secretarias estaduais de Saúde e enviados à pasta para consolidação.

São Paulo se mantém com o maior número de casos e chegou a 1.409.140 pessoas contaminadas. Os outros Estados com maior número de casos no País são Minas Gerais (510.219) e Bahia (476.955). Já o Acre tem o menor número de casos (40.399), seguido de Amapá (65.938) e Roraima (67.909).

Reinfecção

Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) observaram que a primeira exposição ao coronavírus pode não produzir memória imune em casos brandos, o que significa que uma pessoa que teve covid-19 pode ser reinfectada pelo vírus. Para comprovar a tese, pesquisadores fizeram o sequenciamento dos genótipos do novo coronavírus de quatro indivíduos assintomáticos. A pesquisa foi coordenada pelo virologista Thiago Moreno, pesquisador do CDTS/Fiocruz (Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz).

Quatro pessoas assintomáticas foram acompanhadas semanalmente pelos pesquisadores a partir do início da pandemia, em março, com testes sorológicos e RT-PCR (exame considerado o padrão ouro no diagnóstico da covid-19) nos indivíduos acompanhados. Todos testaram positivo para coronavírus.

No sequenciamento dos genomas, os pesquisadores confirmaram que uma pessoa contraiu o vírus associado a um genoma importado para o País e outra apresentou uma estrutura viral associada ao genoma que já circulava pelo Rio de Janeiro.

Eficácia da CoronaVac 

O Instituto Butantan e o governo de São Paulo informaram que a vacina CoronaVac apresentou eficácia superior a 50%, percentual mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para registro de um imunizante, e terá o registro pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

No entanto, a divulgação dos dados de eficácia foi adiada. A justificativa foi que o laboratório Sinovac – parceiro do Butantan no desenvolvimento da vacina – pediu mais 15 dias de avaliação para que os dados sejam comparados a resultados de pesquisas em outros países, evitando que a vacina tenha diferentes índices de eficácia anunciados.

A Sinovac solicitou o envio da base de dados, que foi transferida na manhã desta quarta, segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, para que possam realizar a análise. Após o prazo de até 15 dias, os resultados finais serão encaminhados à Anvisa e à National Medical Products Administration, agência de saúde da China.

Segundo o diretor do Butantan, essa solicitação do laboratório chinês está prevista no contrato. Covas afirmou, no entanto, que isso não terá nenhuma influência no programa de desenvolvimento da vacina. O governo paulista diz que, até o final do mês, 10,8 milhões de doses da vacina chegarão ao País. Nesta quinta-feira (24), um carregamento com insumos para 5,5 milhões de doses desembarca no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, a CoronaVac é a vacina mais segura de todas as que estão em teste no momento.

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