Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2018
Neste ano, o Brasil já registrou mais de 2 mil casos confirmados de sarampo. São 1.629 ocorrências no Amazonas e 330 em Roraima, Estados que enfrentam surtos da doença. Os dados são do Ministério da Saúde.
Segundo o ministério, todos os casos estão relacionados à importação do vírus de genótipo D8, que está circulando no País e é o mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde 2017. Ao todo, 7.966 casos continuam sob investigação. Além de Amazonas e Roraima, sete Estados e o Distrito Federal registram casos da doença, todos relacionados à importação segundo o ministério.
Desde o último boletim, divulgado no dia 1º de outubro, Amazonas confirmou 104 novos casos; o Rio Grande do Sul mais três e o Pará também. Apesar do surto, Roraima não confirmou novos casos.
Mortes
Até o momento, foram confirmados dez mortes por sarampo, sendo quatro no Estado de Roraima (três em estrangeiros e um em brasileiro), quatro no Amazonas (todos brasileiros, sendo dois do município de Manaus e dois do município de Autazes) e dois no Pará (indígena venezuelano).
País atinge meta de vacinação
O Brasil atingiu a meta geral de vacinação de crianças contra sarampo e poliomelite estabelecida pelo Ministério da Saúde. A meta do governo era vacinar 95% do público-alvo (crianças de 1 a 5 anos). Segundo o balanço final, a cobertura vacinal ficou em 95,4% para a pólio e 95,3% para o sarampo, totalizando 10,7 milhões de crianças vacinadas.
Porém, 516 mil crianças não receberam as doses recomendadas. A única faixa etária que não chegou ao índice de 95% foi a de 1 ano de idade, cuja cobertura está em 88%. Apesar do fim da campanha, a vacina continua disponível o ano inteiro nos postos de saúde.
HPV
O Ministério da Saúde iniciou uma campanha publicitária para impulsionar a vacinação de adolescentes contra o HPV. A convocação tem como alvo 20,6 milhões de meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Eles devem ir aos postos de saúde para se imunizar pela primeira vez ou tomar a segunda dose da vacina e completar a proteção contra o HPV.
O vírus HPV (Papilomavírus Humanos) é sexualmente transmissível e infecta pele e mucosas da boca ou das áreas genital e anal, provocando verrugas e diferentes tipos de câncer em homens e mulheres (colo do útero, anal, pênis, vagina, orofaringe). Segundo o ministério, cerca de 30% dos tumores provocados por vírus no mundo são causados pelo HPV.
Para esta nova etapa da campanha, foram investidos R$ 567 milhões para adquirir 14 milhões de vacinas. Na etapa anterior, mais de 63% das meninas de 9 a 14 anos já foram imunizadas com a primeira dose e 41% das crianças receberam a segunda dose. No caso dos meninos, cerca de 2,6 milhões receberam a primeira dose (35,7% do público-alvo) e 911 mil (13%) já receberam a segunda dose.
Duas doses
O Ministério da Saúde alerta que a cobertura contra o HPV só está completa com as duas doses. O intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina é de seis meses. A pasta assegura que a vacina não aumenta o risco de eventos adversos graves, aborto ou interrupção da gravidez.