Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Já é sabido que o dinheiro do contribuinte não retorna em melhorias a seu favor. Estamos presenciando, nos últimos meses, uma batalha árdua entre os motoristas vinculados a aplicativos para mobilidade urbana e um grupo de interesse a favor de taxistas que torce para que os primeiros sofram as mais diversas regulamentações. No meio dessa guerra, encontra-se o cidadão, que quer ter o direito de ir e vir com segurança sem que o Estado ou qualquer outro indivíduo opine sobre o meio que ele deve utilizar para tal fim.
Essa situação desconfortável demanda que as pessoas usem o atrasado e oneroso método de locomoção adquirido por licitação da prefeitura ou voltem a utilizar os seus próprios carros. Bom, mas aí é que está o problema. A péssima pavimentação das ruas, consequência da sucessão de remendos mal feitos, e a alta burocracia para que novos buracos sejam consertados, além de drenar os recursos dos cofres públicos em função de um sucessivo mau planejamento, estragam o veículo.
O problema não para por aí. Os usuários de carros próprios são vítimas do valor do litro da gasolina, extremamente elevado, de um IPVA anual absurdamente caro e, como se não bastasse, da necessidade de pagar para estacionar seu veículo em via pública. O parquímetro, meio para controlar a rotatividade dos carros nas zonas de grande circulação, é usado como mais um fim sórdido de arrecadação. Como se não bastasse o pagamento desse artifício usado pela prefeitura, vimo-nos reféns do flanelinha – que está ali para garantir a segurança do seu carro, já que, mesmo pagando seguro, há sempre essa insegurança.
Afinal, para onde está indo todo o nosso dinheiro arrecadado compulsoriamente por meio dos impostos? Nunca esteve tão na cara da população que nosso dinheiro está sendo usado para tapar uma série de problemas gerados pelo nosso Estado paquidérmico. Esta é a hora não de aniquilarmos a inovação, destruindo empreendedores e famílias, e sim de usá-la para que possamos viver em um lugar onde o ir e vir não seja mais um dos principais problemas.
Nina Mazzali é empresaria e associada do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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