Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2017
Muita gente costuma dizer que os cães são a cara do dono. Afinal, é comum que muitos tutores identifiquem diversas semelhanças com seus cachorros, como comportamento, reações, manias, expressões, entre outros. O que poucos sabem, é que há explicações científicas para tanta semelhança.
O zootecnista e especialista em comportamento animal Renato Zanetti ressaltou que há alguns fatores que determinam o temperamento do pet. São eles: genética, ambiente e aprendizagem. Porém, mesmo esses elementos sendo determinantes para a personalidade do cão, eles não atuam de maneira proporcional.
O especialista explicou que, se de uma ninhada, você escolheu um cão esperto, destemido e brincalhão, consequentemente ele tem uma genética muito ativa. Se a sua família é animada, sempre brinca com o cão, mantendo uma interatividade constante com o pet, ele também terá o fator ambiente, que faz com que ele continue elétrico. Logo, o cão aprende que sempre que fizer uma “baguncinha” ele terá interações e bons momentos com os membros da família.
“Desta forma, o cão conta com a sinergia dos três elementos determinantes para o seu comportamento [genética, ambiente e aprendizagem] e adquiri características semelhantes às do dono”, afirmou o zootecnista e especialista em comportamento animal, Renato Zanetti.
Zanetti ressalta ainda que esse mesmo cão geneticamente ativo pode ter outro tipo de comportamento, de acordo com diferentes ambientes e perfis de donos.
“Imagine que este mesmo cão vá morar em uma casa com um casal de idosos, com baixa interação física e pouca interatividade. Toda vez que o cão fica quietinho no colo e no sofá, enquanto o casal assiste TV, por exemplo, ele recebe carinho e outros estímulos. O ambiente é o mais pacato possível e o cão aprende que sempre há uma recompensa quando está calmo. Ele é o mesmo cão geneticamente ativo, mas em ambientes e aprendizagens diferentes”, destacou Zanetti.