Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de fevereiro de 2021
O câncer de mama é hoje a forma mais comum da doença informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta terça-feira (2).
“Pela primeira vez, o câncer de mama constitui a forma de câncer com maior ocorrência global”, afirmou Andre Ilbawi, especialista em câncer da OMS.
Nas últimas duas décadas, o câncer de pulmão foi o mais comum no mundo, mas agora é o segundo na lista, atrás do câncer de mama e a frente do câncer coloretal.
Ilbawi notou que a obesidade em mulheres é um fator de risco comum ao câncer de mama, e está entre os fatores que levaram ao aumento de casos da doença.
Com o crescimento da população global e o aumento da expectativa de vida, o câncer deverá se tornar mais comum, e deve chegar a 30 milhões de novos casos por ano em 2040. Em 2020, o número de casos registrados no mundo foi de 19, 3 milhões.
A pandemia de Covid-19 está interrompendo tratamentos de câncer na metade dos países pesquisados pela OMS. Segundo Ilbawi, atrasos nos diagnósticos, o estresse extremo a que estão submetidos os profissionais de saúde e o impacto nas pesquisas na área de saúde são responsáveis.
No Brasil, o câncer de mama é o segundo mais comum em mulheres. Segundo estimativa da Fundação do Câncer, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2020 houve uma redução de 84% no número de mamografias realizadas no país em comparação com 2019.
Quando descoberto em seu estágio inicial, o câncer de mama tem 90% de chance de cura. A mamografia é uma das formas mais eficazes para detectar a doença na fase inicial, e deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos. No Brasil, uma lei de 2008, atualizada em 2019, garante a realização do exame no SUS a mulheres com mais de 40 anos.
Câncer de pele
O câncer de pele representa 27% de todos os casos malignos no Brasil, segundo o INCA. Saiba quais são os sinais na pele que indicam a busca por um especialista e quais são os tipos de câncer de pele.
Quando encontrar as seguintes alterações em uma lesão ou pinta suspeita, método conhecido como ABCDE: A – Assimetria: quando uma parte da lesão é diferente da outra; B – Borda: irregularidades no contorno; C – Cor: cores diferentes na mesma pinta ou lesão; D – Diâmetro: quando for maior de 6 milímetros; E – Evolução: perceber se a lesão apresenta crescimento, muda de formato ou cor.
Feridas que não cicatrizam depois de três semanas ou que sangram facilmente também devem ser investigadas.
Há diversos tipos de câncer de pele, porém, os três mais comuns no Brasil são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, sendo esse último o mais grave, com risco de desenvolver metástase e podendo levar o paciente a óbito.