Michael Jackson morreu há 10 anos, em 2009, vítima de agenda estressante de preparativos para uma enorme turnê musical e vício em medicamentos anestésicos, que levaram a uma parada cardíaca, em sua casa, em Los Angeles. A 230 quilômetros dali, no rancho “Neverland”, o Rei do Pop guardava uma enorme e curiosa frota de veículos incríveis.
Vitorioso artisticamente, mas com vida pessoal conturbada, Michael Jackson conseguiu acumular, durante anos, diferentes tipos de automóveis, pelos mais diferentes motivos: pagamentos por comerciais, uso profissional, pessoal e colecionismo (com predileção por objetos com histórias ligadas às artes plásticas, ao cinema ou à música).
Não se sabe, ao certo, quantos veículos o cantor teve, mas a imprensa norte-americana coloca a conta nas dezenas: eles ocupavam cinco galpões de 2 mil metros quadrados, cada, no rancho/refúgio/parque de diversões/zoológico que o cantor construiu a partir de 1988 na Califórnia.
Tampouco se sabe do paradeiro atual da maior parte dessa frota. Em seus anos finais, Michael Jackson e seu espólio tentaram leiloar alguns dos carros, para quitar algumas das crescentes dívidas, nem sempre com sucesso. Após sua morte, boa parte foi parar nas mãos de colecionadores ligados em leilões famosos.
Triste, porém, é saber que nem mesmo o apreço por automóveis foi mantido ileso pela fama sem limites. Jackson comprava carros que via em filmes famosos (como o Cadillac 1957 de “Conduzindo Miss Daisy”) ou que usava em clipes (fez isso com moto da Harley-Davidson e até com um protótipo da italiana Lancia). Customizava carros, seja com pinturas, auto-retratos (como num carro elétrico de golfe que imitava um Rolls-Royce), símbolos de realeza (como numa réplica de cupê de 1908) ou adornos espalhafatosos (a limusine Rolls com interior de madeira e ouro 24 quilates).
Porém, se nos anos 1980 Michael Jackson adorava ser filmado em fotografado junto a carrões e motos, que chegava a comprar por gosto, em meados dos anos 1990 acabou desistindo de dirigir. Desenvolveu pavor de atrair atenção nas ruas e por isso abandonou o volante, passando a passageiro — na maior parte das vezes, viajando incógnito até o final da estrada.
Estrela
A estrela de Jackson na Calçada da Fama de Hollywood continua atraindo uma multidão constante de turistas que fazem selfies, enquanto as lojas de suvenires próximas, os artistas de rua e os estúdios de tatuagens afirmam continuar fazendo bons negócios com a figura de Jackson.
Do outro lado da rua, no Museu Ripley, uma estátua do cantor está estrategicamente colocada para atrair os turistas. Funcionários do Madame Tussauds também dizem que a estátua de cera de Jackson continua sendo uma grande atração.