Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Ali Klemt | 25 de fevereiro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Uma das coisas mais legais das redes sociais foi como ela melhoraram a comunicação aqui em casa. Sério.
Muito se reclama que ficar grudado no celular destrói relacionamentos. E isso é verdade, se cada um o estiver utilizando como uma bolha individual se os isola do resto do mundo. Aí, realmente, não tem jeito, mas eu ouso dizer que o problema não é, exatamente, o celular, mas a própria relação. Talvez o aparelho seja apenas a ferramenta que viabiliza o afastamento, mesmo que fisicamente próximos. Ainda estejam um do outro.
No meu caso, contudo, observei que o conteúdo do Instagram e do Tiktok, por exemplo, promovem trocas incríveis com o Patrickão, e o WhatsApp nos permite discutir a relação de forma mais serena (além, claro, de rolar uns momentos de conquista mútua um do outro quando a saudade bate).
Os memes da internet, contudo, são um caso à parte. Eles expressam com humor o que, muitas e muitas vezes, acabaria em reclamação e, talvez, até mesmo uma discussão. Um dia desses, vi um vídeo de um marido chegando em casa com a seguinte legenda: “eu chegando em casa quando a minha mulher está naqueles dias…”. Ele abre a porta e se defronta com um… Tiranossauro Rex pronto para atacar a sua presa! Eu não consegui parar de rir por uns três minutos e, claro, encaminhei o meme para o Patrickão. Inevitável se colocar na mesma situação, porque, de fato, tem dias que as mulheres são absolutamente insuportáveis (culpa dos hormônios, claro – afinal, nós somos maravilhosas).
A percepção de que os pequenos dramas cotidianos são comuns a todos nós tira o peso dos problemas diários e gera uma espécie de solidariedade que conecta, no caso, todos os casais do mundo. Como se compreendêssemos que fazemos parte do mesmo exército que luta pela felicidade conjugal e, ao dividir as suas agruras, atua quase como um grupo de apoio. Não é sensacional?
Além disso, trocamos receitas saudáveis pelo Direct e, assim, melhoramos a qualidade da alimentação na casa. Criamos um grupo de WhatsApp denominado “compromissos” para o qual enviam os convites e programações, organizando, assim, a agenda familiar. E, claro, eu mando, constantemente, dicas e sugestões de destinos incríveis, porque não sou boba nem nada e fico esperando que o marido me “surpreenda” com uma viagem dos sonhos como se tivesse sido ideia dele (isso ainda não aconteceu, mas sou brasileira e não desisto nunca). Não é fabulosa a tecnologia?
Afinal, esse é o segredo para a sobrevivência da espécie: adaptar-se ao meio e tornar-se mais fortes, sempre.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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