Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2019
O Chile teve o seu segundo dia com toque de recolher. Neste domingo (20), a diferença foi que as autoridades decretaram um adiantamento da medida, que iniciou às 19h, no horário local. Uma medida mais rígida em meio à extensão da convulsão social que afeta o país com manifestações violentas e saques.
O anúncio foi feito pelo general Javier Iturriaga, para cinco regiões do país. “A partir das sete da tarde; estejam em calma e estejam todos em suas casas.”
O Ministério Público informou que até este domingo 1.462 pessoas foram detidas em todo Chile. Desse total de detenções, 614 ocorreram em Santiago e 848 no restante do país.
Os saques ao comércio se estendem por vários pontos de Santiago. Apesar dos grandes supermercados permanecerem fechados, grupos de pessoas forçavam as entradas e entravam, arrasando tudo pela passagem. Em imagens que circulam pelas redes sociais, a polícia e os militares, encarregados da segurança após a instauração do estado de emergência no sábado, tentavam impedir os saques, mas pareciam sobrecarregados.
Apesar do toque de recolher ter sido decretado e da mobilização de quase dez mil militares nas ruas, os protestos prosseguiram durante a madrugada em Santiago e outras cidades, como Valparaíso e Concepción, que também foram afetadas pela medida que restringe a movimentação.
Mortes
Na capital do país, duas pessoas morreram em um grande incêndio após o saque de um supermercado da rede Líder, um dos muitos alvos de ataques dos manifestantes nas últimas horas.
Inicialmente as autoridades haviam anunciado três vítimas fatais no incêndio do supermercado ao sul de Santiago, mas o balanço oficial divulgado neste domingo pelo ministro do Interior e Segurança, Andrés Chadwick, modificou o número.
Ele disse que uma terceira pessoa ficou gravemente ferida, com 75% do corpo queimado.