Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 3 de abril de 2021
O comandante-geral da PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal), Julian Rocha Pontes, foi demitido na sexta-feira (2). A decisão foi publicada no Diário Oficial. Ele será substituído pelo coronel Márcio de Vasconcelos.
Segundo o deputado distrital Roosevelt Vilela (PSB), a demissão aconteceu porque Pontes e outros oficiais da PM furaram a fila da vacinação contra o coronavírus. No Twitter, ele informou que vai apresentar uma queixa-crime ao Ministério Público contra o ex-comandante-geral da PM.
Em nota, o governo do Distrito Federal não comentou os motivos da saída de Julian Rocha Pontes, apenas informou a troca e destacou o currículo do novo comandante da Polícia Militar.
Pontes admitiu em nota que tomou a vacina antecipadamente, mas disse que não cometeu nenhum ato ilícito. No entanto, o ex-comandante considerou que o ato pode ter sido “inoportuno”. “Em nenhum momento furei os critérios estabelecidos para a vacinação, sendo vacinado dentro das doses remanescentes, após o término do período regular e sob a coordenação do funcionário da Secretaria de Saúde”, afirmou.
O novo comandante, Márcio de Vasconcelos, estava no cargo de subsecretário da Subsecretaria de Operações Integradas, da Secretaria Executiva de Segurança Pública.
Leia a íntegra da nota do governo do Distrito Federal abaixo:
“Marcio Cavalcante de Vasconcelos é o novo comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF desta sexta-feira (2). O coronel e ex-subsecretário de Operações Integradas (Sopi) assume o posto no lugar de Julian Rocha Pontes e terá a missão de comandar 9.777 militares – maior corporação das forças de segurança.
Com 27 anos de serviço, Vasconcelos é bacharel em Educação Física pela Polícia Militar do Estado de São Paulo e em direito pela Universidade Paulista. Ele se especializou-se em Ciências Policiais e em Gestão Estratégica de Segurança Pública.
Trabalhou no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República de 2003 a 2010 e também foi comandante do 3⁰ Batalhão da PMDF, além de coordenador de eventos e atividades especiais da SSP/DF de 2016 a 2019.”
Leia a íntegra da nota do ex-comandante
“Diante da repercussão a respeito do fato de eu ter sido vacinado contra o Coronavirus, esclareço que, apesar de poder ser classificado como inoportuno, tal ato não foi ilegal. Em nenhum momento furei os critérios estabelecidos para a vacinação, sendo vacinado dentro das doses remanescentes, após o término do período regular e sob a coordenação do funcionário da Secretaria de Saúde.
Por fim, tendo em vista a publicação de minha exoneração do cargo de Comandante-Geral, na data de hoje, venho dizer que após mais de trinta anos devotados à Instituição, em sua maioria dedicados à área operacional e sem nenhum registro que desabone minha trajetória, acolho a decisão do Exmo Sr Governador Ibaneis, a quem agradeço a confiança depositada nesse período.”