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Brasil O comandante do Exército descarta punir o general gaúcho que sugeriu uma intervenção militar no País

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Natural de Porto Alegre, o general Mourão está no Exército há mais de 40 anos. (Foto: Banco de Dados)

O comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, afirmou que o general Antonio Hamilton Mourão não receberá punição por ter sugerido uma intervenção das Forças Armadas no País. Em sua primeira manifestação sobre o tema, o comandante disse em entrevista ao apresentador Pedro Bial, da TV Globo, que já conversou com Mourão “para colocar as coisas no lugar, mas punição, não”.

Em meio a questões envolvendo a crise política, ele ainda declarou que a possibilidade de intervenções militares “ocorre permanentemente” e disse que “as Forças Armadas têm mandato para fazer [uma intervenção militar] na iminência de um caos”. A entrevista foi exibida na noite de terça-feira (19).
Na segunda-feira (18), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, pediu explicações a Villas Bôas sobre o incidente. Em nota, o ministro afirmou que foram discutidas “medidas cabíveis a serem tomadas” em relação ao general Mourão.

Apesar de o ministro ter pedido explicações sobre o incidente, Villas Bôas, que ocupa o cargo mais alto na hierarquia das Forças, é o responsável legal por decidir o que fazer sobre Mourão, a quem chamou de “um grande soldado, uma figura fantástica, um gauchão”.

Na sexta-feira (15), Mourão afirmou que “seus companheiros do Alto Comando do Exército” entendem que uma “intervenção militar” poderá ser adotada se o Judiciário “não solucionar o problema político”, em referência aos escândalos de corrupção envolvendo políticos.

Secretário de economia e finanças da Força, o general gaúcho falava em palestra promovida pela maçonaria, em Brasília. Villas Bôas negou que Mourão tivesse desrespeitado a legislação que proíbe oficiais da ativa de se manifestarem sobre o quadro político-partidário. Para ele, a fala do colega foi descontextualizada e mal interpretada. O comandante ainda deu a entender que as Forças Armadas podem, sim, agir em assuntos relacionados à crise política.

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