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Brasil O Comitê de Direitos Humanos da ONU voltou a defender o direito de Lula concorrer à Presidência da República até que estejam esgotados todos os recursos contra a sua condenação

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TSE não se sente obrigado a se submeter ao colegiado no caso do ex-presidente. (Foto: Divulgação/Instituto Lula)

Nessa segunda-feira, o Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) fez uma nova manifestação sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O órgão reiterou a sua defesa de que as autoridades brasileiras devem cumprir a recomendação de que o líder petista tem o direito de concorrer ao Palácio do Planalto.

A nova manifestação responde a um pedido da defesa, que voltou a afirmar que a decisão do órgão é “obrigatória e vinculante”, de acordo com os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira.

No dia 17 de agosto, o órgão “determinou ao Estado brasileiro que tome todas as medidas necessárias para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo o acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido político”.

A decisão de caráter liminar tinha como finalidade garantir a Lula o direito de participar das eleições presidenciais “até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final”.

O mérito da prisão do ex-presidente após condenação em segunda instância só deve ser pautado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2019.

Após a sessão de 31 de agosto em que os ministros do TSE decidiram (por seis votos a um) barrar a candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa, a Corte entendeu que a Justiça eleitoral não está obrigada a se submeter ao Comitê internacional.

Argumentação

Já o novo documento da ONU, de três páginas, reafirma que “todas as esferas do governo (Executivo, Legislativo e Judiciário)” estão submetidas aos tratados internacionais assinados pelo Brasil quando se tornou membro da organização.

“O Estado não pode invocar uma lei interna para descumprir uma decisão da ONU”, disse o defensor Zanin, em referência à Lei da Ficha Limpa. “O Brasil se obrigou a cumpri-la, por tratado.” A recomendação da ONU sobre o caso de Lula, porém, ainda é provisória.

A própria correspondência dessa segunda-feira destaca que o governo brasileiro pode pedir para que a recomendação seja revogada, e que a carta de hoje “não implica que alguma decisão tenha sido tomada”.

O documento é assinado por dois conselheiros do comitê, que são os responsáveis por conceder medidas cautelares. No total, o órgão possui 18 integrantes. Ele será encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal), como parte dos recursos já apresentados pela defesa, que pedem a validação da candidatura de Lula ao Planalto.

O ex-presidente está preso em Curitiba (PR) desde a noite de 7 de abril, depois de ter sido condenado em segunda instância, no âmbito da Operação Lava-Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). Lula nega os crimes e diz ser perseguido politicamente.

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https://www.osul.com.br/o-comite-de-direitos-humanos-da-onu-voltou-a-defender-o-direito-de-lula-concorrer-a-presidencia-da-republica-ate-que-estejam-esgotadas-todos-os-recursos-contra-a-sua-condenacao/ O Comitê de Direitos Humanos da ONU voltou a defender o direito de Lula concorrer à Presidência da República até que estejam esgotados todos os recursos contra a sua condenação 2018-09-10
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