Um adolescente de 13 anos confessou à polícia que matou a tiros a mãe, de 47 anos, e o irmão mais novo, de sete anos, no último sábado (19). Já o pai do garoto, de 57 anos, ficou gravemente ferido. Um policial militar aposentado, a esposa dele e o filho mais novo do casal foram baleados dentro da casa onde moravam em Patos, no Sertão da Paraíba.
O corpo da mãe estava no quarto do casal e o da criança estava na sala, próximo ao pai, que foi atingido com um tiro no tórax.
A mãe e a criança foram encontradas mortas na residência. Já o pai estava ferido e foi socorrido para o Hospital Regional de Patos.
O suspeito de cometer o ato infracional é o próprio filho do casal, um adolescente de 13 anos, que confessou a ação em depoimento à polícia. A arma utilizada na ação é do policial militar reformado.
No início, o adolescente negou o ato infracional. A própria polícia achava que ele também era vítima e tinha sobrevivido uma chacina. Depois, contudo, no desenrolar das investigações, ele foi apontado como suspeito.
De acordo com o depoimento do adolescente, ele cometeu o ato infracional porque a família o proibiu de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos e porque era pressionado por notas boas.
O delegado Renato Leite contou, em entrevista à “TV Sol” publicada em vídeo na página da emissora no Facebook, que a ação foi motivada por uma discussão sobre notas baixas que o jovem estaria tirando na escola. Além disso, ele também queria continuar a jogar online e, conforme disse em depoimento, se sentiu “pressionado” por cobranças tanto para estudar quanto para cumprir com suas tarefas domésticas.
“Estava tirando notas baixas porque em casa só queria saber de estar jogando esse jogo”, disse o delegado. “O menino, quando era cobrado pra arrumar uma cama ou então enxugar uma louça, disse ele que se sentia pressionado. E por esse motivo hoje foi a gota d’água. E ele se armou com a arma do pai e fez o que fez, infelizmente.”
Conforme o delegado Renato Leite, responsável pelo caso, é possível fazer uma reconstituição dos fatos. Ele relatou que o policial militar reformado foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de sair de casa, tirou o celular do menino. Segundo o adolescente, esse ato foi a “a gota d’água” que o levou a cometer o ato infracional.
Quando o pai retornou da farmácia, já encontrou a esposa morta, baleada quando estava deitada. O adolescente estava com a arma na mão. O pai pediu para ele soltar o revólver. Ao invés disso, o menino atirou nele e o atingiu no tórax.
Com o barulho dos tiros, o irmão do suspeito correu para abraçar o pai. Ele acabou sendo baleado pelas costas e morrendo no local.
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As informações são do portal de notícias G1 e do jornal O Globo.