Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2016
A morte da modelo Raquel dos Santos, após a realização de um procedimento estético, fez com que o debate sobre a busca pela beleza voltasse à tona. Raquel morreu na última segunda-feira, após fazer um tratamento de preenchimento no rosto na clínica do médico Wagner Moraes, no Rio. A notícia repercutiu na imprensa internacional. Jornais da Inglaterra, dos Estados Unidos, México e Colômbia, entre outros, fizeram reportagens sobre o caso.
Andressa Urach quase morreu por causa de uma infecção no glúteo. (Foto: Reprodução)
O jornal Pulzo, da Colômbia, fez uma fotogaleria com imagens da modelo, que foi finalista do concurso Musa do Brasil como representante do Mato Grosso. Já o El Universal, do México, destaca que o Brasil lidera o ranking mundial de cirurgia plástica, e aponta que a sociedade é “obcecada pela estética”. “Cada ano são vários os casos trágicos como consequência dos agressivos tratamentos para melhorar a imagem que escapam do controle médico”, afirma o jornal, que lembra o caso da ex-modelo Andressa Urach.
De acordo com o empresário Gilberto de Azevedo, viúvo de Raquel, essa não foi a primeira vez que a jovem se submeteu a intervenções estéticas. Há cerca de um ano ela havia colocado uma prótese de silicone e, há sete meses, fez cirurgias no nariz, no queixo e na bochecha. “Ela estava doente com essa busca pela beleza. Além disso, ela tomava muitos remédios e fumava muito”, conta ele.
O preço da beleza.
Apesar de não conhecer Raquel, Andressa Urach usou seu perfil no Instagram para lamentar a morte da modelo. “Muito triste com essa notícia. Não conheci esta moça, mas poderia ter terminado assim a minha história.” Andressa quase morreu devido a uma infecção no glúteo por causa do excesso de aplicações de hidrogel.
“Eu quase morri por excesso de vaidade. A busca pela perfeição acabou estragando meu corpo. Tudo porque eu queria ser perfeita, não me aceitava. Queria preencher um vazio. Eu realmente precisei quase morrer para aprender.” Ela comenta que só mudou de atitude com a dor. “Hoje eu agradeço por ter pernas e amo minhas cicatrizes”, confessa.
Modelo Pamela Baris Nascimento morreu durante uma lipoaspiração. Foto: Reprodução
Infelizmente, em diversos outros casos as vítimas não sobreviveram. Em 2014, Maria José Medrado de Souza Brandão, 39 anos, morreu após fazer aplicação de hidrogel no bumbum. Ela sofreu uma embolia e morreu no hospital.
Também no ano passado, um jovem de 18 anos morreu em razão de complicações causadas por uma suposta aplicação de hidrogel no pênis. Ele não resistiu ao quadro de insuficiência respiratória.
A modelo Pamela Baris Nascimento, de 27 anos, morreu durante uma lipoaspiração em uma clínica em São Paulo, em 2012. O fígado de Pamela acabou perfurado durante a cirurgia.