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Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2018
A taxa de desemprego no País ficou em 12,3% no trimestre encerrado em julho, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (30). O índice caiu na comparação com o trimestre encerrado em abril, quando chegou a 12,9%. A taxa também foi menor do que a observada um ano antes, quando ficou em 12,8%.
Os dados constam na Pnad Contínua, pesquisa de abrangência nacional que contabiliza o trabalho formal e informal no Brasil. O desemprego tem tido influência do aumento do trabalho informal, do fechamento de vagas em setores formais, como construção e comércio, entre outras coisas. O número de pessoas que desistem de buscar oportunidades também tem subido.
O contingente de desocupados – desempregados que estão em busca de recolocação – atingiu 12,9 milhões no País, queda de 4,1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, encerrado em abril, quando 13,4 milhões estavam sem emprego.
No trimestre encerrado em julho, o País tinha 33 milhões de empregados com carteira assinada no setor privado. O contingente apresentou estabilidade na comparação com o trimestre anterior e o mesmo período de 2017.
Os trabalhos informais também ficaram estáveis (11,1 milhões de pessoas) na comparação com o trimestre anterior, mas tiveram alta de 3,4% (mais 368 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2017. Embora o aumento da informalidade contribua para a melhora do indicador oficial, o tipo de trabalho encontrado não é amparado pelas leis trabalhistas, requer menor qualificação e geralmente paga menos.
Apesar das oscilações da taxa de desemprego, a renda real média do trabalhador permanece estável. No trimestre terminado em julho, a renda esteve em R$ 2.205, em linha com o observado no trimestre imediatamente anterior (R$ 2.215) e também frente ao verificado em igual período do ano passado (R$ 2.188).
Grupos
A categoria dos trabalhadores por conta própria (23,1 milhões) ficou estável na comparação com o trimestre de fevereiro a abril de 2018. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 2,1% (mais 483 mil pessoas).
O rendimento médio real habitual (R$ 2.205) no trimestre de maio a julho de 2018 registrou estabilidade frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2018 (R$ 2.215) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.188). A massa de rendimento real habitual (R$ 197,2 bilhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior (R$ 195,9 bilhões) e ao mesmo trimestre de 2017 (R$ 193,4 bilhões).
O grupo dos empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares), estimado em 11,7 milhões de pessoas, apresentou aumento de 2,5% frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior houve estabilidade.
Por grupamentos de atividade, no trimestre móvel de maio a julho de 2018 em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2018 o contingente de ocupados subiu 2,9% na categoria de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (mais 451 mil pessoas). Nos demais grupamentos, não houve variação significativa.
Na comparação com o trimestre de maio a julho de 2017, houve alta nas categorias administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,7%, ou mais 427 mil pessoas) e outros serviços (6%, ou mais 268 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.