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Notícias O destino do presidente do partido de Bolsonaro no inquérito conduzido pela Polícia Federal sobre a invasão de Brasília

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Valdemar Costa Neto na mira da PF. (Foto: Reprodução)

O indiciamento do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é dado como certo pelos envolvidos na investigação que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula.

Para a Polícia Federal, há elementos que colocam Valdemar como um dos principais fiadores do questionamento do resultado das eleições, depois que o PL pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a verificação do segundo turno das eleições de 2022, solicitando a invalidação dos votos de mais de 250 mil urnas.

Para os investigadores, a ação da legenda inflou uma percepção falsa na população sobre fraude no sistema eleitoral brasileiro, o que estimulou pessoas a se engajarem numa tentativa de golpe de estado. O ex-presidente Jair Bolsonaro é o principal alvo do inquérito, que será concluído pela PF neste mês.

Em fevereiro, Valdemar foi um dos alvos de busca e apreensão. Ele chegou a ser preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e foi solto após três dias. Desde então, está proibido de ter contato com Bolsonaro, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A conclusão do inquérito, prevista para este mês, deve trazer à tona os desdobramentos e o grau de envolvimento das lideranças do PL e de outros aliados de Bolsonaro nas tentativas de desestabilização da democracia.

Novas provas

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), prestou depoimento à Polícia Federal na última terça (5), no inquérito que apura envolvimentos em atos antidemocráticos. A oitiva durou cerca de duas horas.

A PF investiga se houve participação de Jair Bolsonaro (PL) e outros integrantes da gestão dele em suposta trama para garantir que o ex-presidente permanecesse no poder, mesmo com a derrota nas urnas.

Novas provas sobre ataques à democracia foram encontradas pela PF em arquivos deletados pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

Os achados ofereceram novos elementos de provas, segundo investigadores, sobre a trama que culminou na tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023 e sobre o monitoramento de autoridades.

A PF, agora, avalia se precisará que Cid explique esses itens — eles foram apagados do seu computador, mas agentes conseguiram recuperá-los.

A confirmação para novo depoimento do militar, porém, depende das análises que estão sendo feitas no material que foi apagado. Segundo fontes, se houver necessidade de esclarecimentos, ele deve ser intimado para interrogatório.

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