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Por Redação O Sul | 30 de abril de 2018
De acordo com o governo federal, os brasileiros tem motivos para olhar para o futuro com esperança neste 1º de Maio, nas comemorações do Dia do Trabalho. Esse otimismo tem por base os resultados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mês a mês vêm confirmando a tendência de recuperação do nível de emprego, após três anos com números negativos no saldo anual.
“Apesar de o índice de desemprego ainda ser expressivo, as medidas adotadas pelo governo federal desde 2016 estão revertendo essa situação e o trabalhador já pode ter otimismo. Os empregos estão de volta”, disse o ministro do Trabalho, Helton Yomura.
Ainda conforme o Caged, o emprego formal no Brasil apresentou aumento de mais de 56 mil postos de trabalho em março, uma alta de 0,15% em relação ao volume constatado em fevereiro. Esse foi o melhor mês de março para o mercado de trabalho brasileiro desde 2013, quando o saldo atingiu mais de 183 mil novos postos.
Já no acumulado do ano, o aumento total é de mais de 204 mil empregos, número equivalente a uma expansão de 0,54% no comparativo com o estoque do final do ano passado. Nos últimos 12 meses, houve acréscimo de 223,3 mil postos de trabalho, um crescimento de 0,59%.
“São números animadores, que nos dão a certeza de que o Brasil segue a rota da retomada do crescimento, com mercado aquecido e a certeza de que estamos no rumo certo. Mas ainda há trabalho a ser feito para que todos os trabalhadores brasileiros possam recuperar a dignidade de ter seu emprego”, admite Yomura.
Da mesma forma, a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que a população ocupada chegou a 92,1 milhões no último trimestre de 2017, um crescimento de 811 mil trabalhadores ativos em relação ao trimestre anterior (0,9%). Já na comparação com o mesmo trimestre de 2016, a alta foi de 2%.
Iniciativas
A expectativa é de que os dados continuem sendo positivos nos próximos meses, refletindo ações e iniciativas do governo e, especialmente, do Ministério do Trabalho para ajudar na recolocação dos trabalhadores no mercado. Dentre elas, destacam-se o Sine Fácil, a Escola do Trabalhador e o Programa Seguro Emprego.
O Sine Fácil é um aplicativo lançado em maio do ano passado e que em menos de um ano atingiu 1 milhão de downloads. Instalado em celulares e tablets, permite que as pessoas acessem vagas de emprego, busquem informações sobre abono salarial, acompanhem os pagamentos de parcelas do seguro-desemprego e visualizem vínculos empregatícios. Mais de 500 mil cidadãos já foram encaminhados a vagas de emprego por esse sistema.
Já a Escola do Trabalhador é um programa que leva qualificação profissional aos trabalhadores por meio de cursos pela internet. “Essa iniciativa nasceu da constatação de que muitos desempregados não estavam conseguindo se colocar no mercado de trabalho por falta de qualificação”, explica o ministro.
A partir de uma parceria com a UnB (Universidade de Brasília), que realiza pesquisas para definir quais serão os cursos oferecidos, serão oferecidos um total de 50 cursos gratuitos, divididos por eixos temáticos, que podem ser feitos em qualquer computador do Brasil por todos os trabalhadores, por meio da página escola.trabalho.gov.br.
Os cursos mais solicitados, até agora, são os de Segurança no Trabalho, Técnico de Enfermagem e Assistente Administrativo. Até o início do mês passado, a Escola do Trabalhador tinha 196,7 mil cadastrados e mais de 280 mil matrículas. Já foram emitidos 7,3 mil certificados.
Seguro-emprego
Se por um lado o Ministério do Trabalho adotou medidas para ajudar na geração de empregos e na qualificação e recolocação do trabalhador no mercado, por outro agiu para evitar que a crise econômica provocasse mais demissões. Esse objetivo foi alcançado com o lançamento do PSE (Programa Seguro-Emprego).
Trata-se de uma ampliação do antigo PPE (Programa de Proteção ao Emprego), instituído em dezembro de 2016, por meio de uma medida provisória assinada pelo presidente Michel Temer.
A iniciativa permite que empresas em dificuldades financeiras reduzam em até 30% a jornada de trabalho dos seus empregados, com diminuição proporcional de salários. O governo federal complementa 50% do valor reduzido da renda desses trabalhadores, até o teto de 65% do valor máximo da parcela do seguro-desemprego.
Até o final de fevereiro, já foram deferidas 176 solicitações por parte de 131 empresas, beneficiando 68,9 mil empregados, que tiveram os seus empregos mantidos. O montante de benefício concedido pelo governo federal para garantir esses empregos chegou a quase R$ 187 milhões.