Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2018
O Dia dos Pais deve movimentar R$ 14 bilhões no comércio brasileiro neste ano, segundo levantamento realizado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Conforme a pesquisa, 61% dos brasileiros devem ir às compras, seis pontos percentuais a mais do que o verificado no ano passado. A data será celebrada no dia 12 de agosto.
Em média, os brasileiros pretendem desembolsar R$ 150 com os presentes e 40% estimam gastar a mesma quantia de 2017. Outros 16% pretendem desembolsar menos e 32% vão gastar mais do que em 2017. No grupo dos que vão gastar menos, 34% alegam estar com orçamento apertado; 24% precisam economizar; 16% vão usar dinheiro para quitar dívidas atrasadas; 13% tem outra prioridade de compra, como casa e carro; e 12% citam a instabilidade da economia. Entre os produtos preferidos para comprar, estão roupas (49,7%), perfume e cosméticos (32,5%), calçados (27,9%) e acessórios (26,7%).
Formas de pagamento
O dinheiro é utilizado por 53% dos consumidores e é o meio de pagamento preferido. O cartão de crédito parcelado (24,7%) aparece em segundo lugar, seguido do cartão de débito (21,8%). “É importante respeitar o tamanho do próprio bolso, planejar os gastos e fazer muita pesquisa de preço, dando prioridade ao pagamento à vista”, afirmou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Juros
Pela terceira vez seguida, o BC (Banco Central) não alterou os juros básicos da economia brasileira. Por unanimidade, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve na quarta-feira (01) a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Com a decisão, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018.
Em maio, o BC interrompeu uma sequência de quedas da Selic e manteve a taxa em 6,5% ao ano, em uma decisão que surpreendeu o mercado financeiro. Na ocasião, o BC alegou que a instabilidade internacional, que se manifestou na valorização do dólar nos últimos meses, influenciou a decisão.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA acumula 4,39% nos 12 meses terminados em junho, abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,5%.
O índice, no entanto, foi o maior para meses de junho desde 1995 por causa da paralisação dos caminhoneiros, que provocou escassez de produtos e alta de preços.