Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2019
O discurso que o presidente Jair Bolsonaro prepara para a abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (24), em Nova York (EUA), terá duras críticas ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela e a Cuba como um dos pontos principais de sua fala.
A defesa da soberania do Brasil sobre a Amazônia, em uma resposta ao presidente francês Emmanuel Macron, que disse que um debate sobre a internacionalização da floresta estava “em aberto”, também deverá constar do texto, que está em fase de final de ajustes.
Os detalhes do discurso foram discutidos com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), no Palácio da Alvorada.
A declaração de Bolsonaro coincide com o pedido de Julio Borges, comissário de Relações Exteriores do líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó, para que os países que participarão da Assembleia Geral da ONU aumentem “ainda mais” a pressão contra o governo Maduro e Cuba.
O porta-voz da Presidência do Brasil, Otávio do Rêgo Barros, disse que o presidente fará um discurso “de coração” e uma defesa do Brasil nas questões envolvendo o meio ambiente.
“Ele vai apresentar o nosso País e as nossas potencialidades e vai esclarecer, de uma vez por todas, essa questão Brasil versus meio ambiente. O quanto o Brasil defende o meio ambiente e vem fazendo, não de agora, já há muito, um processo de sustentação ambiental que muitas vezes é desconhecido. Ou por desconhecimento da pessoa ou até por não querer divulgar o que o Brasil vem fazendo em termos de proteção”, afirmou o porta-voz.
Rêgo Barros confirmou que a ida de Bolsonaro à ONU está “100%” certa . Segundo ele, houve uma melhora significativa na saúde do presidente e não há mais “dúvida” sobre a viagem. “Eu afirmo 100% que o presidente vai a Nova York”, disse.
Na terça-feira (17), o porta-voz da Presidência havia dito que a viagem ainda estava “sob análise” e que só seria confirmada após avaliação feita pela equipe do cirurgião Antonio Luiz Macedo. Bolsonaro se recupera de uma operação para a correção de uma hérnia, realizada em 8 de setembro.
A ida do mandatário aos Estados Unidos também causava divergências entre pessoas próximas ao presidente da República. Parte delas defendia que ele não viajasse.