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Brasil O dólar comercial fechou no seu menor patamar em três meses

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Na semana, a cotação da moeda norte-americana teve queda de 0,17%. (Foto: Reprodução)

O dólar fechou a sessão dessa sexta-feira em seu menor patamar frente ao real em três meses, chegando a cair abaixo do suporte psicológico de R$ 3,20. No encerramento, a moeda norte-americana cedeu 0,26%, a R$ 3,2005, mas na semana a cotação teve queda bastante moderada, de apenas 0,17%, bem menor que a registrada ante outras divisas.

Não por acaso, essa acomodação ocorreu ao mesmo tempo que uma forte demanda por proteção no mercado de opções de câmbio, a mais intensa desde maio passado, quando foi deflagrada a crise política gerada pelas denúncias do empresário Joesley Batista (dono da JBS/Friboi), que atingiam diretamente o presidente Michel Temer.

A busca por opções de câmbio – tanto na ponta de compra quanto na venda – é fruto da tentativa do mercado de se proteger (ou pelo menos minimizar perdas) após o resultado do julgamento que definirá se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá concorrer à eleição deste ano.

O julgamento do recurso do petista contra a sua condenação pelo juiz Sérgio Moro no caso do triplex do Guarujá (SP) está marcado para a próxima quarta-feira, no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre).

Como a maioria do mercado trabalha com a hipótese de uma condenação unânime, alguns operadores financeiros preferiram montar posições mais defensivas, capazes de minimizar perdas no caso de um cenário (menos provável) de absolvição do ex-presidente ou de condenação por placar dividido (que amplia as possibilidades de questionamento judicial da decisão).

Volatilidade

Uma clara medida dessa demanda por proteção é a volatilidade implícita das opções de dólar. Essa medida indica o nível de risco atribuído a um ativo pelo mercado. Operadores relatam que a volatilidade implícita de um mês está hoje em torno de 15,5% ao ano. É o maior patamar desde o fim de maio do ano passado, quando flertou com 27%, logo após o estouro da crise política depois da delação premiada de Joesley Batista.

Chama ainda mais atenção a velocidade da alta da volatilidade. Na última segunda-feira, essa medida estava em 11,13%. “O nível de volatilidade revela um mercado que está bastante estressado, apesar dos preços do dólar spot não indicarem isso”, explica uma fonte do mercado de capitais. “Algumas taxas de volatilidade na casa de 17%, 18% chegaram a ser comentadas no mercado.”

A busca por proteção associada à baixa liquidez desse mercado não demorou para causar distorções de preço. O gestor diz que a volatilidade implícita da opção de dólar com vencimento no começo de fevereiro está mais alta que a exibida pelo vencimento março.

“O resultado disso é que já tem gente que não quer negociar volatilidade porque percebe que está assumindo muito risco e pode não ter como honrar”, ressalta o mesmo profissional.

Outro gestor de um fundo multimercado diz ter reduzido “bastante” posição em NTN-B e trocado por opção de venda (“put”) de dólar. Essa estratégia ganha caso a moeda americana caia. Mas o profissional pondera que não se trata de uma aposta direcional otimista, já que a posição benigna estrutural (em NTN-B) sofreu corte expressivo: “Dessa forma, conseguimos ficar com exposição ‘otimista’ com Brasil, mas com perdas limitadas aos prêmios das opções”.

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