Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2019
O dólar fechou em queda nessa sexta-feira (6), com o mercado repercutindo dados positivos de emprego nos Estados Unidos e comentários considerados favoráveis do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre as negociações comerciais com a China. A moeda norte-americana caiu 0,98%, a R$ 4,14. Na semana, a baixa acumulada foi de R$ 2,19%.
Nessa sexta-feira, os negócios eram marcados por uma melhora no cenário externo depois que o polêmico líder republicano manifestou otimismo em relação a sua prolongada disputa comercial com o Gigante Asiático. “Está indo muito bem”, disse Trump a repórteres na quinta-feira, quando questionado sobre as negociações, em uma repetição de comentários feitos na quarta-feira.
No início da semana, entretanto, ele chegou a gerar preocupações nos mercados globais quando disse que um acordo poderia ter de esperar até depois das eleições norte-americanas de 2020. A China informou nesta sexta que vai abrir mão de tarifas sobre alguns embarques de soja e carne suína dos Estados Unidos.
De acordo com especialistas ouvidos pela imprensa, a cotação abaixo de R$ 4,20 reflete o humor positivo por causa das notícias comerciais. Além disso, foi divulgado nessa sexta o levantamento sobre a criação de vagas de emprego nos Estados Unidos, que em novembro registrou o maior aumento em mais de dez meses.
A geração de empregos fora do mercado agrícola chegou a 266 mil vagas no mês, com a manufatura recuperando todas as 43 mil posições perdidas em outubro. Isso deve dar suporte à mensagem do Fed (o Federal Reserve, espécie de Banco Central norte-americano) de que a política monetária está em um “bom lugar” no momento, acrescentou uma empresa de consultoria em referência às decisões da instituição financeira do Estados Unidos, sobre o rumo das taxas de juros no país.
Projeção do PIB
A agênca Fitch Ratings elevou as suas projeções para o crescimento da economia brasileira em 2019 e 2020. A estimativa para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano saiu de 0,8% para 1,1%. Já a previsão para o ano seguinte foi elevada em 0,2 ponto percentual, para 2,2%.
Em relatório, a agência de classificação de risco aponta que as alterações foram feitas devido ao resultado melhor que o esperado do PIB do terceiro trimestre, que cresceu 0,6% em relação aos três meses anteriores, feitos os ajustes sazonais. As revisões do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nos resultados anteriores do Produto Interno Bruto também influenciaram a decisão, acrescenta a Fitch.
Ainda de acordo com a agência, o crescimento mais forte do crédito à pessoa física e a liberação de saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ajudaram o consumo das famílias, enquanto os investimentos tiveram expansão puxada pela construção civil e pela produção de bens de capital.
Já do lado da oferta, observa a Fitch, o aumento da produção de petróleo ajudou o crescimento, compensando parte do desempenho fraco da indústria de transformação, que teve efeito negativo sobre o PIB de julho a setembro.