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O dólar fechou abaixo de 3 reais e 85 centavos e a Bovespa subiu pelo quarto dia seguido

Notícias favoráveis colaboraram para queda de 0,49% da moeda. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Notícias favoráveis da economia norte-americana com indicações de que a taxa de juros do FED (Federal Reserve), Banco Central dos Estados Unidos, não subirão como o esperado, colaboraram para queda de 0,49% do dólar comercial, cotado nesta terça-feira (17) a R$ 3,8460 para venda.

O cenário externa otimista também repercutiu no fechamento do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O índice B3 (principal da Bovespa) fechou em alta de 1,93%, com 78.130 pontos, representando o maior nas últimas seis semanas e o quarto pregão seguido de valorização.

As ações das grandes empresas seguiram a mesma tendência, com Petrobras (+2,29%), Itau (+1,96%) e Vale (+1,40%).

Federal Reserve

“A confirmação de aumento gradual de juros (nos EUA) ajuda”, afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior. “Isso significa menos medo do Fed”, acrescentou, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.

Nesta manhã, o chair do Fed, Jerome Powell afirmou em depoimento no Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos que o caminho para continuar com aumentos graduais nas taxas de juros era o melhor. E acrescentou que o país está à beira de “vários anos” numa posição em que o mercado de trabalho continua forte e a inflação ao redor da meta de 2 por cento do Fed.

O Fed já elevou os juros duas vezes neste ano e indicou que fará novamente mais duas altas até o fim de 2018, mas os mercados globais temem alguma surpresa, sobretudo após a intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros, em especial a China.

Juros elevados têm potencial de atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

Internamente, os investidores ficavam cada vez mais cautelosos com a eleição presidencial de outubro, na reta final para os partidos confirmarem suas pré-candidaturas e eventuais coligações.

O foco principal continua sendo para quem as legendas que compõem o chamado “centrão” vão anunciar seu apoio. O mercado teme que um candidato que considere menos comprometido com ajustes fiscais possa ganhar tração.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões de dólares.

Com isso, rolou o equivalente a 7,7 bilhões de dólares do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio neste pregão.

Última sessão

Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,35%, vendida a R$ 3,8632, seguindo a cena externa e com os investidores ainda cautelosos diante da cena política eleitoral no Brasil.

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