Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2016
Thomaz Bergler, diretor da Sapotec, técnico e especialista em meio ambiente, é natural da Alemanha e reside hoje no RS. A partir de sua experiência internacional, ele fala diretamente do EEBA sobre este tema e questões ligadas aos licenciamentos: “A legislação brasileira não é errada, está nos mesmos moldes que se aplica na Alemanha. Processos atrasam por desconhecimento, falta de treinamento de pessoal. Temos que mudar isto de alguma maneira porque o empreendedor quer agilidade e se percebe procura de agilidade no Brasil.. Se tem verba, é preciso ter agilidade, para que o empreendedor tenha retorno de seu investimento o mais rápido possível. Na Alemanha, a intervenção política não é tão grande quanto no Brasil. Um tema, uma vez chegado a um nível de administração pública, já passa a ser resolvido. Isto faz toda a diferença. Não há interferência de governo, de prefeitura e sim há uma agilidade maior. Temos que olhar para onde queremos chegar, o que queremos do meio ambiente daqui a 10 anos, para onde vai o trânsito daqui a 10 anosa e assim por diante”.
Jorge Cesa Pereira da Silva, advogado da Souto Corrêa fala o que o RS leva de positivo do EEBA: “ É relevante o momento que estamos vivendo e que reflete no País a redução da efetividade de negócios. A longo prazo, os contatos com a Alemanha e os relacionamentos comerciais nos conectará ao desenvolvimento tecnológico e nos oferecerá uma conexão maior, uma porta de entrada para a Europa. É isto que estamos vendo aqui. A delegação gaúcha aqui no EEBA está muito bem representada e a tendência é de que o EEBA seja um primeiro passo para a retomada do nosso RS com a Alemanha. A Alemanha investe no Brasil e é o principal parceiro da América do Sul e talvez da América Latina e se olharmos para o futuro, a Alemanha vai continuar investindo no Brasil”.
Luciano Pinto, presidente da Famurs e prefeito de Arroio do Sal, relata sobre o que viu no EEBA e o que leva para o RS: “ O RS está sedento de relacionamentos com os empresários da Europa e Alemanha e demonstra que estamos criando um clima favorável, em particular para o RS recepcionar investidores europeus”.
Sobre a indústria 4.0 ele também fala: “nossos empresários estão se preparando, com o tempo para enfrentar as novas tecnologias. O jovem tem muito interesse na área digital e aqui na Alemanha o interesse é muito grande, é o futuro. Em seguida estaremos preparados e temos que buscar esta evolução”.
Ele também abordou a diferença cultural entre primeiro mundo e Brasil, exemplificando a preservação de prédios seculares e diz que é preciso conscientização e educação de nosso povo para uma equiparação igualitária a outros povos.
Susana Kakuta, presidente do Badesul fala diretamente do EEBA sobre a certificação que o RS recebeu do Medical Valley e seus benefícios para o Estado: “ assinamos um documento que constitui um conjunto de responsabilidades e cria empresariamento conjunto, caracterizando nosso cluster da saúde como um hub, um satélite internacional do Medical Valley da Alemanha, um vale de garantia que reconhece e coloca nossas empresas à altura do Medical Valley. O RS tem tecnologia de informação, grandes universidades, mais de 700 empresas de pesquisas aplicadas À saúde, parques tecnológicos, mais de 100 empresas ligadas à tecnologia da saúde, com grande diversidade de áreas. Com o cluster de trabalho no segmento e criação de startups e mercados, estaremos, através do Badesul, abrindo novos financiamentos. Já definimos fundos de investimentos com foco na saúde.
Airton Pinto Ramos, diretor técnico do Sebrae-RS fala sobre a experiência do EEBA com foco nas micro e pequenas empresas: “Encontramos oportunidades, numa primeira abordagem, em setores automotivo, eletrotécnico, metalmecânico e alimentos. Outro desafio é o turismo. Abrimos algumas portas para que se possa identificar interesses comuns através de um trabalho de aproximação. O Sebrae não pode e não deve fazer nada sozinho e esta interface com a Europa será propagada. O evento de 2017 no RS terá um olhar de negócios”.
Sobre o jovem empreendedor, ele falou: “o jovem brasileiro é surpreendentemente empreendedor e busca alternativas que fogem da rotina tradicional. Jovens querem ser empreendedores, similar ao que estamos vendo na Europa. Fora a questão da formação, que aqui na Europa tem outro contexto, temos no RS polos tecnológicos importantes e os jovens querem colher no futuro o empreendimento de seus negócios”.
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