Nesta sexta-feira (8), o Estado de São Paulo registrou um aumento de 61% na média diária de mortes por coronavírus, na comparação em relação ao registrado 14 dias antes. A chamada “média móvel”, que considera os registros dos últimos sete dias, está em 179, contra 111 no dia 26 de dezembro, e não baixa de 140 desde o início do ano. Segundo especialistas, essa elevação aponta tendência de expansão da epidemia.
Os novos registros não significam, necessariamente, que as mortes e casos aconteceram de um dia para outro, e sim contabilizadas no sistema durante o período – as notificações costumam ser menores aos finais de semana e feriados, quando as equipes de saúde trabalham em esquema de plantão. Além disso, parte da alta pode ser reflexo do represamento de dados durante os feriadões de Natal e Ano Novo.
Nesta sexta, o governo de São Paulo reclassificou quatro regiões do estado para a fase laranja do plano da quarentena devido à piora de indicadores de saúde, mas alterou as regras para adotar medidas mais permissivas para as atividades econômicas nesta fase.
Durante a coletiva de imprensa, o governo apresentou dados parciais de um aumento de 34% na média de mortes e de 30% na média de casos nesta semana epidemiológica em comparação à semana anterior. No entanto, ainda faltam dados do sábado (9) para que a semana epidemiológica se encerre e a comparação possa ser feita com precisão.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde paulista, foram registradas 261 novos óbitos por coronavíus nas últimas 24 horas, elevando o total para 48.029. Já o total de casos confirmados da doença subiu para 1.528.952, considerando os 13.794 novos registros nas últimas 24 horas.
Dados gerais da pandemia no mapa paulista
– 261 novas mortes;
– 13.794 novos casos;
– Desde o começo da pandemia: 48.029 mortes;
– Testes confirmados até agora: 1.528.952.
O total de pacientes internados no Estado com suspeita ou confirmação de Covid-19 é de 11.854 nesta sexta, sendo 6.794 em enfermaria e 5.060 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
As internações por Covid têm se mantido acima de 10 mil desde o início de dezembro de 2020, o que pressiona o sistema de saúde e interfere no atendimento de outras doenças.
Já a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 em toda rede de saúde, incluindo serviços particulares e públicos, é de 65,5% na Grande São Paulo e 63,3% no estado nesta sexta.
As regiões de Marília, Presidente Prudente e Sorocaba registram taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 74% nesta sexta, o que fez com que fossem para a fase laranja da reclassificação.
Os índices de ocupação variam dia a dia e a central de regulação do estado é responsável por conseguir vagas para pacientes que estão na fila de atendimento.
Na última quarta-feira (6), alguns hospitais da região metropolitana da capital já registraram ocupação de 100% nos leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19.
Na segunda (4), o secretário municipal da Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, disse que a previsão é a de que haja uma pressão maior por leitos a partir do dia 20 de janeiro. Segundo ele, cerca de 23% dos leitos para Covid-19 dos hospitais públicos municipais estão ocupados com pacientes de outros municípios.