Neste sábado, um dia após a transferência do ex-governador Anthony Garotinho para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, Bangu 8, no Rio, a família do político divulgou nota de protesto contra a Seap (Secretaria Especial de Administração Penitenciária). Parentes do ex-governador repudiam o que chamam de “insinuações” de que o ex-governador teria se machucado propositalmente, para simular agressões. Segundo eles, o objetivo dessas afirmações seria ter um pretexto para punir Garotinho.
A Seap, porém, afirmou que não encontrou provas da agressão alegada pelo ex-governador. “O interno se encontrava sozinho em uma galeria composta por nove celas todas vazias”, informou o órgão. “A Seap ressalta que examinou as imagens das câmeras da unidade que não detectaram presença de qualquer pessoa ou estranhos na galeria onde se encontra o detento que pudessem causar tais lesões. (…) A Seap esclarece, ainda, que o interno será transferido para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira como punição por não ter provado as supostas agressões.”
Esses foram alguns pontos questionados por parentes de Garotinho:
“A família do ex-governador Anthony Garotinho repudia veementemente as insinuações da Seap de que Garotinho teria se autolesionado, usando isso, inclusive, como pretexto para lhe impor “punições.”
“A Seap alega que as imagens do circuito interno de TV não detectaram ninguém entrando na cela para agredir o ex-governador, mas essas mesmas câmeras também não flagraram inúmeras irregularidades que beneficiaram o grupo de Sérgio Cabral.”
“Cadê as imagens de entrada no presídio de home theater? Ninguém viu? Cadê as imagens da entrada de alimentos como camarão e produtos importados entregues por fornecedores? Ou pior: onde estão as imagens do uso frequente de celular por políticos do grupo do Cabral que estão presos ali? Ninguém viu também. E em nenhuma dessas ocasiões vimos nenhum tipo de punição. Será que alguém do sistema prisional está sendo conivente com as regalias de Cabral e sua turma?”