Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2017
O ex-ministro Antonio Palocci desistiu de 12 testemunhas que deveriam ser ouvidas no processo em que responde com o ex-presidente Lula, no âmbito da Operação Lava-Lato, referente à aquisição de um terreno, pela empreiteira Odebrecht, para o Instituto Lula.
O juiz federal Sérgio Moro permitiu que, caso alguma das defesas julgasse desnecessário ouvir testemunhas que já haviam prestado depoimento em outra ação penal, poderiam pedir sua dispensa.
Dentre as testemunhas que seriam ouvidas estão o ex-ministro José Eduardo Cardoso (Justiça), os senadores Jorge Viana e Lindbergh Faria, os deputados Paulo Teixeira e Arlindo Chinaglia e o vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, além de empresários como Jorge Gerdau Johannpeter, do grupo Gerdau.
Todos já foram ouvidos em outra ação à qual Palocci também responde no Paraná. Além deles, o ex-ministro também desistiu de duas testemunhas que não foram ouvidas em outros processos: Lázaro Brandão, do Bradesco, e o blogueiro Eduardo Guimarães.
O ex-titular da Fazenda contratou o advogado Adriano Bretas para negociar seu acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal. Ele dispensou o criminalista José Roberto Batochio, que também defendia o Lula.
Nesta ação, para acelerar o andamento do processo, Sérgio Moro chegou a marcar até 15 depoimentos de testemunhas por dia.
Em seu primeiro depoimento ao juiz, Palocci sinalizou com a possibilidade de colaborar com as investigações, sugerindo estar disposto a municiar a Lava-Jato com “nomes, endereços e operações realizadas” com sua participação.