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Brasil O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci afirmou que os principais bancos do País doaram 50 milhões de reais para campanhas eleitorais do PT em troca de favores nos governos de Lula e Dilma

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Em acordo de delação homologado pela Justiça, o ex-ministro Antonio Palocci afirmou que alguns dos principais bancos do País fizeram doações eleitorais milionárias a campanhas do PT em troca de favores nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, o ex-petista citou casos que envolvem Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Safra. Segundo ele, os bancos buscavam informações privilegiadas sobre mudanças na taxa básica de juros e apoio do governo na defesa de seus interesses. Procurados pelo jornal, todos negam irregularidades e dizem que as doações foram legais.

Em um dos anexos da delação, Palocci relata que o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) teria sido usado para injetar R$ 2,4 bilhões na Aracruz Celulose para permitir que a empresa fosse vendida ao grupo Votorantim depois de ter um prejuízo de R$ 4,2 bilhões. O grupo Safra tinha uma participação na Aracruz Celulose e, segundo Palocci, a operação possibilitou a venda desta fatia por R$ 2,7 bilhões. De acordo com o delator, o presidente do BNDES na época, Luciano Coutinho, se envolveu no caso a pedido de Lula.

Como contrapartida, diz Palocci, o banco Safra repassou R$ 1,4 milhão ao diretório nacional do PT e empresas do grupo Votorantim outros R$ 2,3 milhões ao comitê financeiro da campanha de Dilma em 2010, de acordo com a reportagem, citando dados das prestações de contas. Em 2014, o banco destinou R$ 2,75 milhões para a campanha de reeleição e o grupo Votorantim enviou R$ 650 mil para o diretório nacional do partido.

Palocci também afirmou que o Itaú Unibanco repassou R$ 4 milhões à campanha de Dilma em 2010 em troca da atuação do governo em favor da aprovação da fusão das duas empresas. De acordo com ele, o governo atuou junto ao Banco Central e ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para que a fusão acontecesse.

Segundo o delator, o Bradesco foi uma das instituições que fez pagamentos ao PT em troca de informações privilegiadas junto ao Banco Central. Ele diz ainda que o banco, um dos principais acionistas da Vale, também queria contar com o apoio do governo nas decisões da mineradora. O banco, segundo o jornal, doou cerca de R$ 27 milhões para as campanhas petistas entre 2002 e 2014.

No caso do Banco do Brasil, Palocci relatou supostas irregularidades em uma operação para liberação de crédito para o grupo Parmalat em 2008, quando a empresa estava em recuperação judicial. Ele diz ter recebido R$ 100 mil de propina da empresa por meio de um contrato fictício de consultoria em troca de atuar pela liberação de recursos do Banco do Brasil.

O BTG Pactual também tinha interesses em informações privilegiadas sobre juros, segundo Palocci. Em 2014, o banco repassou R$ 9,5 milhões à campanha de Dilma pelo recebimento dessas informações, que teriam sido obtidas pelo próprio Palocci e por Guido Mantega, seu sucessor no ministério da Fazenda. O ex-ministro diz também que o banco contribuiu com R$ 2 milhões na campanha de 2010 em troca da atuação da base do governo no Congresso para defender seus interesses.

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