Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de setembro de 2017
O Facebook suspendeu temporariamente nesta quinta-feira uma ferramenta que ajudava anunciantes a identificar pessoas a partir das informações fornecidas sobre formação e emprego, após um levantamento indicar que esses dados permitem a segmentação com base em tópicos ligados ao antissemitismo.
A ProPublica, entidade sem fins lucrativos, informou que a plataforma de compra de publicidade do Facebook, alimentada com dados de usuários, permite que os profissionais de marketing segmentem anúncios para pessoas que publicaram frases como “anti judeus” em seus perfis na rede social.
Cerca de 2.300 pessoas expressaram interesse em tópicos como “anti judeus”, “como queimar judeus” e “História do ‘por que os judeus arruinam o mundo’”, de acordo com a investigação da ProPublica. O Facebook confirmou o levantamento da organização.
Após usuários escreverem essas frases em seus perfis na rede social, os tópicos antissemita foram automaticamente para a plataforma de publicidade do Facebook, como se fossem dados sobre formação e emprego úteis para as empresas de marketing, disse a rede social.
“Estamos retirando esses campos até que tenhamos os procedimentos apropriados que ajudem a evitar esse problema”, declarou a empresa na quinta-feira.
“Dado que o número de pessoas nesses segmentos foi extremamente baixo, um número muito pequeno de pessoas foi alvo das campanhas (que se utilizaram desses dados)”, disse.
O Facebook e o Google, da Alphabet, dominam o mercado em rápido crescimento de publicidade digital, em parte porque permitem que empresas coloquem seus anúncios de maneira estratégica entre grupos específicos com base em seus enormes volumes de dados.
O Facebook acumulou 27,6 bilhões de dólares em receita no ano passado, a grande maioria em publicidade.