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O futuro é verde, sim

(Foto: Fernando Peres Dias/Acervo IBGE)

Em plena Cúpula das Nações Unidas sobre Biodiversidade, ativistas do Greenpeace realizam um protesto deixando expostas em Nova York, no último dia 29 de setembro, duas esculturas de gelo: uma do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outra do presidente Jair Bolsonaro. O noticiário nacional e internacional replica notícias sobre queimadas como se todo o país estivesse em chamas.

Na Assembleia Geral da ONU, do francês Emmanuel Macron ao argentino Papa Francisco, todos atacam o Brasil, a gestão ambiental do país, especialmente do Pantanal e da Amazônia. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, escolhido pela mídia como o próximo a ser derrubado, é criticado por modificar regramentos jurássicos da legislação ambiental, buscando inserir os povos amazônicos e pantaneiros na roda do desenvolvimento sustentável. Quem assiste ao bombardeio do noticiário sente que nunca houve um período tão dramático para o futuro do país.

Para compreender o que está em jogo, é preciso ir além da mera superfície dos fatos e ter estômago para mergulhar nas profundezas de interesses escusos e poderosos que se unem contra o desenvolvimento do Brasil, especialmente de sua pujante produção primária. O peixe que se acostumou a viver em um aquário sujo sente repulsa da luz refletida quando trocam a água do aquário. Até mesmo a forma de debater e enxergar a realidade foi distorcida por décadas de influência socialista nos meios de comunicação.

O presidente Jair Bolsonaro, na mesma Assembleia Geral da ONU em que Macron e o Papa atacaram o Brasil, expôs com clareza cristalina o fato de que as tão noticiadas queimadas, são traços culturais do manejo do solo pelo homem amazônico e os povos tradicionais da região. Acusados por países europeus que dizimaram totalmente seus tesouros ambientais, somos a nação do mundo que melhor conserva seu meio ambiente. Quem nos acusa são os europeus, continente altamente protecionista, que ao longo da história sempre usou a questão amazônica como pedra de toque contra o agronegócio brasileiro, em uma guerra comercial desonesta.

O ministro Salles, que nunca mais teve descanso depois de afirmar que era necessário “passar a boiada” da mudança das regras, desburocratização de regramentos que, em vez de garantir a proteção do meio ambiente, servem muito mais para manter o status de um gigantesco aparato fiscalista. O brasileiro que elegeu o atual governo escolheu menos Estado para ter menos corrupção, e é esse movimento que setores da mídia pretendem desconstruir.

Além disso, trata-se também de inserir os povos da região no progresso produtivo, porque o Greenpeace nunca se preocupou com a pobreza e a renda destas pessoas. E esse é um jogo jogado fora de nosso mando de campo, com regras feitas por nossos adversários. Basta ter assistido o debate entre Trump e Joe Biden na Fox, nesta semana, para entender que até os argumentos são os mesmos.

Independente dos discursos alarmistas, os fatos se impõem. A capacidade brasileira de preservação ambiental caminha ao lado da inovação e competência do agronegócio competitivo, que produz alimento para 1 bilhão e 500 milhões de pessoas em todo o mundo. De forma inteligente, a ministra Tereza Cristina ressalta que o produtor brasileiro não precisa desmatar para produzir em quantidade e qualidade.

O futuro do mundo é verde, com as cores da Amazônia. Mais do que isso, o futuro do mundo é verde-amarelo, com o agronegócio brasileiro alimentando 40% da humanidade, sem desmatar e sem ceder aos devaneios dos holandeses ricos do Greenpeace.

 

Tarso Francisco Pires Teixeira
Superintendente do INCRA-RS
Vice-Presidente da Farsul

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