Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Notícias O gabinete do presidente do Senado se tornou um “porto seguro” para políticos derrotados nas urnas

Compartilhe esta notícia:

"O fim da reeleição é algo que é um desejo muito forte dos senadores", disse Pacheco à jornalistas. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O gabinete do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se tornou um “porto seguro” para políticos derrotados nas urnas. A relação é de ganha-ganha: como representantes de Pacheco em municípios no interior de Minas Gerais, 16 assessores com histórico político e eleitoral permanecem relevantes em suas bases eleitorais mesmo sem mandato porque conseguem viabilizar recursos para os municípios. Já o senador, que avalia disputar o governo de Minas em 2026, arregimenta “cabos eleitorais” espalhados pelo Estado e recebe o crédito pela autoria das indicações.

Levantamento mostra que, nos meses após as eleições de 2022, Pacheco nomeou quatro candidatos a deputado federal que não conseguiram se eleger e ficaram como suplentes. Entre eles, Júlio Delgado (PV-MG), que teve seis mandatos seguidos na Câmara, e o também ex-deputado Subtenente Gonzaga (PSD-MG), que ficou 12 anos no cargo. Outros contemplados são o primeiro-suplente do PSD, Renato Andrade (MG), e o ex-prefeito de Arcos, em Minas, Denilson Teixeira (PSD-MG).

Também foram identificados seis assessores nomeados para o gabinete de Pacheco que foram derrotados nas eleições de 2020 para prefeito e vereador ou chefes de Executivo que já haviam sido reeleitos e não poderiam disputar o terceiro mandato. Os assessores estão espalhados pelo Estado: desde a capital Belo Horizonte, passando pelas regiões central, oeste de Minas, Vale do Aço, Zona da Mata, sul, sudoeste e Triângulo Mineiro.

A única exceção é a ex-senadora Rose de Freitas (MDBES), que está lotada na presidência do Senado. Os assessores trabalham em regime especial de frequência, o que significa que não precisam bater ponto. Basta que o chefe de gabinete ateste, ao fim do mês, que eles cumpriram a carga horária determinada. Em nota, Pacheco afirmou que todos os servidores têm experiência para exercer as funções (mais informações nesta página).

Prática antiga

A prática de nomear suplentes não é novidade para Pacheco. Logo após assumir a presidência do Senado, em fevereiro de 2021, ele escolheu o atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSDMG), então suplente de Antonio Anastasia (PSD-MG), como diretor jurídico da Casa.

Silveira se reuniu com mais de 800 prefeitos mineiros – de um total de 853 – em nome de Pacheco somente em 2021. Minas foi o principal destino dos recursos do orçamento secreto naquele ano. Silveira foi candidato a senador em 2022, mas ficou em segundo lugar.

Após a eleição, o ministro de Minas e Energia foi o único mineiro alçado ao primeiro escalão do governo Lula. Até hoje, políticos do Estado, inclusive petistas, se ressentem da baixa representatividade na Esplanada dos Ministérios. O Estado foi o único onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu Jair Bolsonaro (PL) fora das regiões Norte e Nordeste.

Um deles é Júlio Delgado. Ele foi convidado por Pacheco para integrar a equipe do gabinete após não ter sido chamado para compor o governo Lula, mesmo tendo feito campanha para o presidente. O ex-deputado considera que foi retaliado pelo PT por ter sido o relator da cassação de José Dirceu, em 2005, e de André Vargas, no início da Lava Jato, em 2014, ambos petistas.

Ponte

Delgado trabalha em duas frentes para Pacheco: na relação com os prefeitos que compõem sua base eleitoral e na representação do senador em eventos institucionais em Minas. “O fato de eu ajudar na ponte com esses municípios pode beneficiar ele em um projeto futuro dele, e que bom que beneficie. Qualquer funcionário tem esse papel. Agora, a mim (não beneficia porque) o meu projeto é ser prefeito de Juiz de Fora”, disse o ex-deputado. O PSD de Pacheco caminha para apoiar a reeleição da atual prefeita da cidade, Margarida Salomão (PT). “E, se eu ganhar a eleição, vou ser base para uma candidatura futura dele, seja ela a qual cargo for”, acrescentou Delgado.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Notícias

Após longa espera, brasileiros conseguem sair da Faixa de Gaza rumo ao Brasil
Após suspensão, Lula nomeia três ministros do Superior Tribunal de Justiça. Uma suspeita de favorecimento à advogada apoiada pelo PT havia travado a publicação das indicações
https://www.osul.com.br/o-gabinete-do-presidente-do-senado-se-tornou-um-porto-seguro-para-politicos-derrotados-nas-urnas/ O gabinete do presidente do Senado se tornou um “porto seguro” para políticos derrotados nas urnas 2023-11-12
Deixe seu comentário
Pode te interessar